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BRASIL Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2019, 16:39 - A | A

Quinta-feira, 21 de Fevereiro de 2019, 16h:39 - A | A

TENSÃO NA FRONTEIRA

Governador diz acreditar que fechamento da fronteira não impedirá ajuda humanitária

G1 — Brasília

 

O governador de Roraima, Antonio Denarium (PSL), disse nesta quinta-feira (21) acreditar que, embora crie um "clima tenso" na região, a decisão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de fechar a fronteira com o Brasil não impedirá a entrega de alimentos e medicamentos aos cidadãos do país vizinho.

 

Denarium deu a declaração depois que o presidente da Venezuela anunciou o fechamento da fronteira com o Brasil a partir das 20h desta quinta.

 

Até a última atualização desta reportagem, não havia manifestação oficial do Brasil sobre a decisão do governo venezuelano de fechar a fronteira. Consultada, a Secretaria de Comunicação da Presidência informou que o assunto é analisado pelo Ministério das Relações Exteriores. Procurado, o ministério não se manifestou.

 

O estado de Roraima fica na fronteira com a Venezuela e se tornou nos últimos anos a principal porta de entrada de imigrantes que fogem da crise política, econômica e social que vive o país. Denarium está em Brasília, onde discutiu com o governo federal a entrega de ajuda humanitária aos venezuelanos, anunciada pelo Palácio do Planalto na terça-feira (19).

 

Para o governador, um dos reflexos do fechamento da fronteira será a entrada de venezuelanos no Brasil por fora dos pontos oficiais de controle.

 

“A fronteira é seca. Então, se uma pessoa não quiser passar pela fronteira, onde é o local oficial, passa pelas ‘laterais’. Temos 1.850 quilômetros de fronteira", disse. 

 

"Vai é inibir aquelas pessoas que querem entrar de forma legalizada. Elas não vão entrar, vão ficar esperando a fronteira abrir", declarou.

 

O governo brasileiro enviará alimentos e medicamentos até as cidades de Boa Vista e Pacaraima, em Roraima. Os produtos serão buscados no Brasil por venezuelanos, que cruzarão a fronteira em caminhões de seu país.

 

A logística, segundo o governador, não impedirá a entrega dos produtos aos venezuelanos, já que brasileiros não entrarão no país vizinho.

 

"Não vai impedir a distribuição da ajuda humanitária. Acredito que, mesmo que esses gêneros alimentícios e medicamentos estejam em território brasileiro, não teria dificuldades em distribuir isso entre os venezuelanos, mesmo com a fronteira fechada. É atravessar e pegar a ajuda”, disse o governador

 

O Brasil anunciou o envio de ajuda humanitária à Venezuela ao atender um pedido do autodeclarado presidente do país, Juan Guaidó.

 

Presidente da Assembleia Nacional, Guaidó é um dos principais líderes de oposição a Maduro, cujo novo mandato presidencial não é reconhecido por parte da comunidade internacional.

 

O Brasil, junto com os Estados Unidos, está entre os países que considera Guaidó o presidente interino da Venezuela. Entre os países que reconhecem a presidência de Maduro, estão China e Rússia.

 

Questionado se teme algum confronto no estado, Denarium reconheceu que o clima fica "tenso" com o fechamento da fronteira, mas afirmou que o Brasil é um "país pacífico".

 

“Na verdade, fica um clima tenso, vamos dizer assim. O Brasil é um país pacífico, nós não temos nenhum problema com a Venezuela. O que nós estamos fazendo é ajuda humanitária, é para aquelas pessoas que precisam de medicação e alimentos e estão morrendo", afirmou.

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