A Polícia Militar cumpre mandato de reintegração de posse no bairro Centro Político Administrativo, em um imóvel de propriedade do senhor Isaias Alberto, que questiona principalmente o fato de que apenas o seu terreno é alvo da ação.
Isaias afirma que mora no local há 28 anos, tendo comprado o direito do terreno após ter havido uma invasão, e que há 12 anos houve uma ação de reintegração de posse, mas que o juiz responsável verificou in loco que a área era produtiva e não deu prosseguimento à ação.
“Moro aqui desde antes de existir o Fórum, desde antes de existir a Procuradoria do Estado, criei meus filhos aqui, e o correto é a reintegração de posse ser pra todos, não sei porque que estão executando só com a minha pessoa, porque da outra vez que teve ação foi pra todos, e hoje foi apenas para minha pessoa”, reclama o senhor Isaias, que afirma que a ação é ilegal, principalmente pela área, segundo ele, ser da União, e teria documentos comprovando o fato.
A advogada Marianne Tremura, responsável pela defesa jurídica do senhor Isaias, diz que a ação corre desde 2004.
“O Estado entrou com a ação, pois alegam que a área pertence ao Estado, mas a advogada principal do processo diz que tem a documentação e laudos comprovando que a terra não é do Estado e sim da União”, frisou Marianne, que explica que ela estava presente à ação de reintegração devido à impossibilidade da advogada principal da ação comparecer no local.
Conforme a doutora Marianne, a briga judicial vem se arrastando, com a sentença já tendo transitado em julgado em 2011 e agora veio o pedido de revigoramento dessa liminar, que foi acatada pelo Poder Judiciário. “Agora estamos cumprindo essa ordem, o meu cliente não teve resistência, abriu o portão, já houve até o corte de energia e da água”.
A advogada destaca que foi determinada a imediata desocupação pois a área será destinada à construção de prédio público do Poder Judiciário, então, se é ordem judicial, tem que se cumprir.
“Vamos analisar os autos principais, ver o que foi elencado e ver o que podemos fazer, pois são famílias que estão aqui há mais de 20 anos, pois não é apenas o imóvel do senhor Isaias, mas pelo que vi o mandado é para vários terrenos, pois o autor alegou que é uma área de 80 hectares”, afirmou, ressaltando que não há realocamento no caso da reintegração.
“Eles só retiram os móveis e você indica onde tem que deixar as coisas”, completou a advogada.
CLIQUE AQUI e faça parte do nosso grupo para receber as últimas do Noticia Max.
0 Comentários