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CULTURA Quarta-feira, 21 de Março de 2018, 09:25 - A | A

Quarta-feira, 21 de Março de 2018, 09h:25 - A | A

DIA DO ARTESÃO

Oficina realizada pelo grupo Flor Ribeirinha ensinará a arte do barro

Redação

 

Nesta semana comemorativa do dia do artesão, será realizada na próxima quinta-feira (22) uma oficina para ensinar a técnica do artesanato em cerâmica, ministrada por Domingas Leonor da Silva. Ela é mestre da cultura popular e uma das pioneiras nesta arte, na comunidade de São Gonçalo Beira Rio. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no supermercado Comper do bairro CPA1, onde oficina acontecerá entre 14h e 16h. A oficina faz parte da campanha do troco solidário direcionado ao projeto social Semente Ribeirinha que atende 60 crianças toda semana.

A trajetória de Dona Domingas, como ceramista está ligada a história de sua comunidade. Cuiabana, ribeirinha de chapa e cruz, ela traz na alma de artista a cultura popular como sua bandeira de luta. Domingas vem sendo referência quando o assunto é cultura popular em seu sentido mais amplo, de ser e fazer a arte com as próprias mãos. Ela está na mesma comunidade onde viveram sua avó, uma índia coxiponés e sua mãe. Agora, prepara o terreno para seus filhos e netos dar continuidade a tradição.

A  ceramista explica que desde os oito anos de idade, conhece a arte da dança do siriri e de ouvir o cururu. Ainda menina, aprendeu a mexer com o barro e criar pequenas formas do artesanato regional, que atualmente representa uma fonte de renda familiar na comunidade. "Eu venho de uma família muito unida, onde tudo é compartilhado entre todos. Minha avó passou para minha mãe e ela me ensinou desde pequena a gostar das nossas tradições e, jamais sentir vergonha diante de ninguém ao expressar as nossas raízes”, relembrou.

Além de artesã e gestora cultural, Domingas Leonor tem outras habilidade como compositora, dançarina e instrumentista regional. Ela foi a  primeira mulher mato-grossense a tocar a viola de cocho, tamborí e o ganzá em festas e reuniões da comunidade. “Há mais de 50 anos, trabalho e luto muito para preservar as nossas tradições culturais, seja a dança, a música e o artesanato em cerâmica. É a magia do barro na palma da mão", garantiu a  ceramista. 

 

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