O Encontro da Indústria do Setor Elétrico 2025 está sendo realizado nesta terça-feira (20), em Cuiabá, MT, na Fatec Senai, e continua na quarta-feira (21). A abertura do evento contou com a participação de importantes autoridades e especialistas do setor energético, incluindo o presidente do Sindenergia MT, Carlos Garcia, o deputado estadual e vice-presidente da Fiemt, Carlos Avalone, o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, o diretor do Departamento de Programa de Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Osório Coelho, Linacis Lisboa, secretária-adjunta de Energia da Sedec, Alessandra Torres presidente da Abrapch e Luiz Carlos Moreira, da Energisa MT.
Foram debatidos temas cruciais do setor elétrico, incluindo o desafio de conectar novas usinas, aumentando a infraestrutura elétrica; a necessidade de um olhar diferenciado para o Mato Grosso em termos de política pública e energética e a importância da transição energética. Os participantes também discutiram a necessidade de criar um plano de trabalho conjunto para resolver os problemas do setor elétrico no estado.
Para Carlos Garcia, presidente do Sindenergia, o objetivo foi atingido: "O Encontro do Setor Elétrico superou as expectativas, debatendo temas cruciais como conectar novas usinas e aumentar a matriz elétrica. Conseguimos um combinado com o Governo do Estado para melhorar o escoamento de energia e discutimos a necessidade de um olhar diferenciado para Mato Grosso em termos de política pública e energética. Vamos trabalhar juntos para resolver as questões e propor um novo modelo do setor elétrico no estado."
Carlos Avallone, deputado estadual e vice-presidente da Fiemt, na ocasião representando o presidente da entidade, Silvio Rangel, destacou que “a transição energética já está em curso. É uma realidade global e uma necessidade local e Mato Grosso tem potencial para liderar essa agenda”.
Para Fábio Garcia, secretário-chefe da Casa Civil, o governo de Mato Grosso reconhece que precisa estreitar as parcerias com a Fiemt, Assembleia Legislativa e outras entidades representativas da Comissão de Energia, para que haja iniciativas institucionais para resolver outros gargalos que afetam o estado.
“A falta de energia confiável e a preços razoáveis são barreiras para o desenvolvimento industrial do estado. O setor elétrico é regulado pelo Governo Federal e as soluções para os desafios energéticos de Mato Grosso dependem de um planejamento melhor. Sem ajustes, o rateio dos investimentos necessários somente pelos usuários de Mato Grosso deixaria a conta impagável, além de deixar o estado sem atratividade para indústria”, pontou Fábio Garcia.
Durante o anúncio, o secretário informou que o programa Mato Grosso trifásico está em fase de finalização para o lançamento e que impactará de imediato na melhoria da qualidade da energia, dando suporte ao desenvolvimento do estado.
Segundo Osório Coelho, diretor do Departamento de Programa de Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, “a transição energética já é uma realidade com efeitos diretos sobre a sociedade e o meio ambiente”. Ele defende a atuação conjunta de governo, universidades, indústria e sociedade civil para enfrentar os desafios do setor. “Para isso, é necessário transformar a pesquisa acadêmica em soluções concretas, com foco em tecnologia e inovação. A cooperação entre os diferentes setores é essencial para encontrar caminhos práticos e estratégicos para o setor elétrico”, afirma.
Linacis Silva, secretária-adjunta de Energia da Sedec, reforçou que a unidade entre os agentes envolvidos com o desenvolvimento do estado, reunidos no evento devem construir e fortalecer o setor energético em Mato Grosso.
A presidente da Associação Brasileira de PCHs e CGHs, Alessandra Torres, afirmou que “o sistema elétrico está enfrentando desafios significativos, com restrições em capacidade e flexibilidade”. Segundo ela,“estamos lidando com excesso de oferta de energia em certos momentos, o que infelizmente leva ao corte de geração de energias renováveis”. Torres também apontou que “a competitividade para energia nova está deslocando a geração existente, o que é um problema”.
Para enfrentar a situação, ela defende a ampliação da rede de transmissão e melhorias na operação do sistema. “Algumas soluções que podemos considerar incluem construir novas hidrelétricas com reservatórios e usinas reversíveis. É fundamental que mudemos como as usinas hidrelétricas são despachadas e como operamos o sistema elétrico na totalidade, visando garantir confiabilidade e eficiência”, completou.
Para Luiz Carlos Moreira Júnior, diretor de Relações Institucionais do Grupo Energisa, “é fundamental que os principais atores do setor elétrico estejam alinhados e atuem conjuntamente para garantir um planejamento eficiente e investimentos estratégicos no estado”. Ele ressalta a importância de encontros como esse para fortalecer o diálogo entre os segmentos. “Esses eventos são essenciais para aprimorar o planejamento, alinhar expectativas e, ao fim, beneficiar a sociedade com tarifas mais justas e eficientes”.
Moreira Júnior destaca ainda que “a colaboração entre governo, geração, distribuição e consumo é a chave para o sucesso do setor elétrico”.
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