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AGRONEGÓCIO Quarta-feira, 16 de Janeiro de 2019, 11:35 - A | A

Quarta-feira, 16 de Janeiro de 2019, 11h:35 - A | A

PRODUÇÃO DE CANA

Vendas de etanol hidratado por usinas do Centro-Sul sobem 25,3% em dezembro, diz Unica

REUTERS

Adriana Toffetti/A7 Press/Estadão Conteúdo

 

As vendas de etanol hidratado no mercado brasileiro por usinas do Centro-Sul, principal região canavieira do país, cresceram 25,3% em dezembro na comparação anual, para 1,79 bilhão de litros, recorde para o mês. O dado foi divulgado nesta terça-feira (15) pela associação da indústria Unica e sinaliza forte competitividade do biocombustível em relação à gasolina.

 

De acordo com a entidade, o preço do álcool no início de 2019, equivalente a 65% do valor da gasolina nas bombas, em média, apresenta a melhor vantagem nesta década -- abaixo da clássica paridade de 70%.

 

Trata-se de uma competitividade atípica, tendo em vista que o momento é de entressafra na região Centro-Sul, quando a produção de álcool é geralmente menor.

 

A comercialização doméstica de hidratado em dezembro, contudo, ficou abaixo do 1,83 bilhão de litros de novembro. Para a associação, isso reflete a precificação pela Petrobras para os combustíveis fósseis, "que tiveram seus preços sensivelmente reduzidos em dezembro".

 

"Como resultado dessa prática, as distribuidoras diminuíram seus estoques operacionais ao menor nível possível em função de mudanças nas políticas de compras do combustível decorrente de alteração da dinâmica de mercado", destacou a União da Indústria de Cana-de-açúcar.

 

Segundo a Unica, as vendas totais de etanol pelo Centro-Sul, considerando-se hidratado e anidro e mercados interno e externo, foram de 2,53 bilhões de litros em dezembro, contra 2,32 bilhões um ano antes.

 

Produção

As usinas intensificaram a fabricação de álcool em razão da melhor competitividade do produto ante a gasolina e também em relação ao açúcar. Tanto que nesta entressafra a oferta segue maior.

 

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Na segunda quinzena de dezembro, 78,35% da oferta de cana foi direcionada ao etanol, versus 67,76% um ano antes.

 

Assim, foram produzidos 204 milhões de litros do biocombustível na segunda metade do mês passado (alta de 7,7%), enquanto a fabricação de açúcar recuou 38,3%, para 72 mil toneladas.

Desde o início da safra, em abril, até dezembro, a produção de álcool totaliza 30,1 bilhão de litros (+19,4%) e a de açúcar, 26,3 milhões de toneladas (-26,5%).

 

Segundo a Unica, a moagem de cana na segunda quinzena de dezembro recuou 5,7%, para 2,4 milhões de toneladas. No acumulado da safra, apresenta retração de 3,6%, com 562 milhões de toneladas.

 

"Para o primeiro trimestre de 2019, a quantidade de cana a ser moída dependerá das condições climáticas. Em dezembro, as chuvas ficaram aquém da média histórica (até 100 mm inferior) em muitos canaviais do Centro-Sul, o que compromete o ritmo de plantio e o desenvolvimento da cana. Nesse sentido, é cedo para fazer qualquer projeção sobre a oferta para a próxima safra", destacou em nota o diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues.

 

Ainda segundo a entidade, ao longo de janeiro, 8 usinas de cana estarão em operação, bem como 6 de milho.

 

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