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AGRONEGÓCIO Segunda-feira, 24 de Junho de 2019, 11:30 - A | A

Segunda-feira, 24 de Junho de 2019, 11h:30 - A | A

CONTAS DO GOVERNO

BNDES pode devolver R$100 bi ao governo em 2019, segundo conselheiro

AGRONEWS

Reprodução

Calculadora e Dinheiro

 

O banco já devolveu esse ano cerca de 30 bilhões de reais e, segundo Freitas, os demais 70 bilhões devem ser quitados até o fim do ano. Thadeu, que já foi diretor da instituição, disse que o banco tem espaço e fôlego para devolver ao Tesouro esse montante para ajudar nas contas públicas.

 

“As contas públicas não podem piorar. Está todo mundo no mesmo barco e se piorar todo mundo afunda junto”, disse ele.

 

Durante a última década, o Tesouro irrigou o BNDES com quase 500 bilhões de reais, usados para empréstimos ao empresas, muitas vezes mais baratos do que o custo de captação da União. Esse recursos começaram a ser devolvidos nos últimos anos.

 

De 2015 a 2018, o banco devolveu ao governo 309 bilhões de reais. No ano passado, BNDES fez acordo com a União, antecipando de 2060 para 2040 o prazo final para devoluções.

 

Comenta-se internamente no banco que Joaquim Levy, que se demitiu do comando do banco no último fim de semana após ter sido cobrado publicamente pelo presidente Jair Bolsonaro, estaria resistindo a uma devolução mais expressiva.

 

“O Levy é um grande economista, mas talvez tenha demorado a entender o novo tamanho do banco”, disse Freitas.

 

Há receios no banco é que as devoluções possam comprometer a capacidade de financiamento da instituição. Mas como a economia ainda não engrenou, há correntes no governo que entendem que a devolução não teria maiores consequências para o banco.

 

O parecer da reforma da previdência prevê o fim dos repasses do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para o BNDES. O FAT é uma dos principais fontes de financiamento do banco.

 

“Se isso for aprovado, seria só para 2020. Aí tem que ver como vai ficar a devolução dos demais recursos. No total, faltam uns 200 bilhões de reais”, frisou Thadeu.

 

O executivo afirmou não se deve mais esperar que o banco empreste mais de 70 bilhões de reais anualmente. O BNDES já chegou a emprestar mais de 140 bilhões de reais por ano. O foco daqui para frente devem ser financiamentos para obras de infraestrutura e para médias, micro e pequenas empresas, disse.

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