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AGRONEGÓCIO Terça-feira, 17 de Setembro de 2019, 10:16 - A | A

Terça-feira, 17 de Setembro de 2019, 10h:16 - A | A

AGRICULTURA

Plantio de trigo melhorador é incentivado em Mato Grosso

Redação

 

Mato Grosso deverá iniciar a produção comercial de trigo nos próximos anos. É o que indica a visita técnica realizada na Agropecuária Bom Jesus, no município de Pedra Preta (243km de Cuiabá), na sexta-feira (13.09). O evento reuniu produtores rurais interessados na cultura, técnicos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Empaer e Associação dos Produtores de Feijão, Trigo e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir).

 

Seis variedades estão sendo testadas em campos amostrais e cinco estão prontas para serem plantadas, com força de glúten acima de 300w. A força do glúten (valor W) está relacionada à quantidade de proteínas (gliadina e glutenina) presentes na farinha. Uma farinha forte absorve mais água e permite massas com hidratação maior, mais resistente e que tendem a crescer mais.

 

“Estaremos produzindo em Mato Grosso o trigo melhorador comparado ao argentino, que é reconhecido como o melhor para panificação. Com o interesse dos agricultores, poderemos dar início ao plantio comercial no próximo ano”, explica Eldo Leite Gatass Orro, superintendente de Política Agrícola e Pecuária da Sedec.

 

O trigo melhorador mato-grossense será produzido sob pivô entre maio e setembro, época em que não há a cultura no Brasil. A intenção, segundo o superintendente, é que o moinho Dona Hilda que irá se instalar no Estado pague 20% de lucro para quem produzir mais de 80 sacas por hectare.

 

“Já temos cadeia fechada com produtor, moinho e comércio. A Sedec incentiva o produtor rural por meio do Proder e a indústria por meio do Prodeic”, explica Eldo Orro. 

 

O cronograma é que o início do plantio seja em 2020 para a produção de sementes e, em 2021, haja a primeira colheita para a indústria. A meta inicial é de 2 mil hectares de lavouras de trigo, crescendo safra após safra até 50 mil hectares, que é a demanda da indústria.

 

O agrônomo Hortêncio Paro, pesquisador da Empaer, garante que há viabilidade. “Tecnicamente, o Estado está pronto para plantar trigo, já verificamos que estamos produzindo acima de 70 sacas por hectare”, explica. A questão agora é o custo de produção e o escoamento.

 

A Agropecuária Bom Jesus vem fazendo experimentos há dois anos. “É claro que no final, queremos ter lucratividade. Por isso, buscamos variedades que tenham tetos produtivos elevados e também demanda para o produto, porque nossa logística não é competitiva”, afirma Robson Matos, representante da empresa.

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