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BRASIL Segunda-feira, 10 de Setembro de 2018, 13:39 - A | A

Segunda-feira, 10 de Setembro de 2018, 13h:39 - A | A

PLANO EM DISPUTA

Violência e divisão política marcam o 3º debate presidencial na TV

R7 Brasil

Divulgação

 

O terceiro debate presidencial na TV, ocorrido na noite deste domingo (9) em São Paulo, foi marcado por um tom menos agressivo entre os candidatos, que discutiram a polarização do país e destacaram que o embate político não pode se manifestar na violência física.

 

O encontro, realizado por TV Gazeta, jornal "O Estado de S. Paulo" e rádio Jovem Pan, contou com a participação de 6 dos 13 postulantes ao Planalto: Alvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede).

 

O deputado federal Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência, não participou do debate porque está se recuperando após ser esfaqueado há três dias durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT, também não participou por estar preso na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR). Partido vencedor das últimas quatro eleições, o PT deve indicar esta semana o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad na cabeça da chapa.

 

O ex-governador de São Paulo e candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, criticou todo tipo de radicalismo e defendeu a conciliação do país, afirmando que este é o caminho até para a economia avançar.

 

"Sempre que há um esforço de união nacional, de pacificação, que é o que eu defendo, a economia melhora mais, avança mais", disse.

 

O tucano foi cutucado por Meirelles, para quem o tucano não foi "pacificador" quando criticou Bolsonaro mesmo quando o candidato do PSL passava por cirurgia, na última quinta-feira. O candidato do MDB fazia referência à propaganda do PSDB na televisão.

 

"Em nenhum momento pregamos nenhum tipo de violência. Apenas o que nós mostramos foram frases, não ditas por mim, para dizer exatamente: este não é o caminho, o caminho da violência não nos levará a um futuro melhor", respondeu o tucano.

 

Meirelles voltou à polarização da política em outro momento, afirmando que a "radicalização política conduz à violência".

 

 

"O que existe por diferenças de opinião, alguém começa a justificar a violência por causa disto ou daquilo, nós temos a incitação da violência. Temos de promover a democracia com diálogo e caminhar juntos para frente", afirmou.

 

Para Boulos, do PSOL, "a violência não é o meio para mudar o país". Ele lembrou também do ataque a tiros à caravana do ex-presidente Lula, em março, e do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ), ocorrida em fevereiro no Rio de Janeiro. "Quem perde é a democracia. Agora, precisamos condenar todo tipo de violência, não apenas alguns".

 

"Primeiro temos que diferenciar o que é violência e ódio na política e o que é polarização social. (...) Nós [esquerda] fomos vítimas disso. Faz seis meses que Marielle Franco foi morta e o crime ainda não foi esclarecido".

 

A ex-senadora e ex-ministra Marina Silva pediu ao país "respeito" e "tolerância" para que o debate se mantenha na arena política.

 

— Eu entrei [para a disputa presidencial] para oferecer a outra face. Para a face do ódio, o amor. Pra face preguiça o trabalho. Pra face da violência e do desrespeito, temos que ter tolerância e respeito às ideias do outro.

 

O senador Alvaro Dias também manifestou repúdio a quem "pratica e alimenta" a violência.

 

"Nós somos muitos Brasis dentro de um grande Brasil, e devemos nos respeitar. O ódio cega a inteligência. A raiva e a intolerância alimentam a violência e comprometem o processo democrático. O nosso repúdio àqueles que praticam a violência e àqueles que estimulam a violência", disse o candidato do Podemos.

 

Já o candidato do PDT, Ciro Gomes, pontuou que "precisamos banir o ódio que se desdobrou em violência, substituir a confrontação odiosa pelo debate de ideias". Ao falar sobre segurança pública, o ex-governador do Ceará afirmou que "o que enfrenta a violência é uma polícia técnica, científica, para se infiltrar, mapear, investigar e prender as cabeças das facções criminosas".

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