Mais jovem da bancada de Mato Grosso, o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (PTB) está na coordenação da força-tarefa do Congresso Nacional que busca evitar ou ao menos reduzir os cortes determinados pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) nos recursos destinados às universidades públicas e institutos de educação. “Estamos buscando informações que possam agregar valor ao debate, pois isso [os cortes] não podem ser feitos sem ampla discussão”, observou ele.
Emanuel e os deputados federais Valtenir Pereira (MDB) e Professora Rosa Neide Sandes (PT) se reuniram com a reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), professora Myrian Serra, e com o reitor do Instituto Federal de Educação de Mato Grosso (IFMT), professor William silva de Paula, para buscar mecanismos que possam minorar as perdas com os possíveis cortes.
O presidente Jair Bolsonaro determinou o corte linear de 30% das verbas destinadas ao ensino superior do Brasil. Depois, o Ministério da Educação se apressou em corrigir, dizendo que o corte seria de 3,5%. O cote de 30% seria na Universidade de Brasília (Unb), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPB), por suposta baderna.
Emanuel cita que o corte de R$ 5,8 bilhões do orçamento do Ministério da Educação (MEC), decretado por Bolsonaro, vai impactar na UFMT e IFMT. No caso da UFMT, a previsão é de bloqueio de 30% no orçamento para 2019, o que corresponderia a R$ 34 milhões – prejudicando sobejamente custeio e investimentos, além de precarizar o ensino.
Por outro lado, no IFMT, a consumação da ordem presidencial resultaria em corte de R$ 31.838.793,00 no orçamento do IFMT, para o exercício fiscal de 2019.
“Nem é bom alongar nisso, mas, sim, existem excessos nas questões ideológicas [das universidades], como o presidente Bolsonaro afirma! Mas não são a maioria. Não é cortando verba que vai se resolver a situação! As pessoas mais simples merecem facilidade de acesso à universidade”, ponderou o deputado federal do PTB.
Em Mato Grosso, a UFMT e o IFMT representam chance de melhoria na qualidade de vida. “Você acaba prejudicando uma parcela da sociedade que tem a universidade como possibilidade de ascensão social e crescimento na vida”, justificou Emanuel.
CLIQUE AQUI e faça parte do nosso grupo para receber as últimas do Noticia Max.
0 Comentários