A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada na sexta-feira (19), pela Fecomércio-MT, alcançou 70,6 pontos em outubro de 2018 na capital, registrando queda de 1,9% em relação ao mês anterior e o quarto recuo consecutivo da pesquisa. Já na comparação com outubro do ano passado, a queda foi de 6% (75,9 pontos).
A pesquisa também mostrou que houve recuo mensal de 8,6% para as famílias que recebem acima de 10 salários mínimos, saindo de 98 pontos em setembro para 89,6 em outubro. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o índice apresentou retração de 3,9%, quando somava 93,2 pontos em 2017. Nas famílias que recebem até 10 salários mínimos, a queda mensal foi 0,9%, de 69,2 pontos para os atuais 68,5 pontos e de 7,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando tinha 74 pontos.
Em todos os recortes da pesquisa, o índice segue na zona de insatisfação, que é abaixo dos 100 pontos, enquanto que acima de 100 (com limite de 200), indica um grau de satisfação quanto às condições de consumo das famílias.
A entidade que representa o setor do comércio no estado (Fecomércio-MT), explica que as famílias têm se mostrado fechadas com relação às intenções de consumo. “Apesar da recuperação do mercado de trabalho, outros fatores como o comportamento dos juros, o dólar elevado, questões políticas e a indefinição da economia, influenciam na decisão de compra”.
Momento para Duráveis
Dos sete subíndices que compõem a ICF, apenas o “Momento para Duráveis” – que avalia se é um bom ou mau momento para a compra de eletrodomésticos, TV, som, etc – apresentou variação mensal positiva de 7% e chegou a 51,7. Ainda assim, este subíndice permaneceu praticamente estável se comparado com o mesmo período do ano passado, quando contabilizava 51,4 pontos.
Perspectiva ainda é de melhora para 2018
Mesmo considerando os seguintes impactos negativos, o setor do comércio, liderado pela CNC, revisou de +4,3% para +4,5% sua estimativa de crescimento do setor este ano. Essa é a primeira revisão positiva desde a greve dos caminhoneiros em maio.
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