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ESPORTE Terça-feira, 03 de Dezembro de 2019, 08:31 - A | A

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FLAMENGO

De pai para filho: após angústia, dirigente do Flamengo cumpre promessa na final da Libertadores

Globo esporte

ARQUIVO PESSOAL

TORCEDOR

 

A conquista de títulos da importância da Libertadores é cercada de histórias que ultrapassam os limites do campo e, muitas vezes, envolvem sentimentos que também vão além do esporte. Na batalha de Lima, dia 23 de novembro, um desses personagens foi Carlos Noval, atual gerente de transição da base para o profissional do Flamengo. Uma história de pai para filho que quase teve um fim trágico, mas o destino e os gols de Gabigol trataram de endireitar.

 

Renato Noval, pai de Carlos Noval, era dirigente do Flamengo em 81, ano em que o clube conquistou sua primeira Libertadores. Ele morreu em 2015 e não teve a chance de acompanhar o atual time rubro-negro. Após o enterro, a mãe deu ao filho a bandeira do Flamengo que cobriu o caixão.

 

- Fiz a promessa que levaria ela junto comigo para uma final de Libertadores - contou Noval.

 

A bandeira foi para Lima junto com Noval e sua família, mas na entrada do estádio Monumental a polícia impediu a entrada, assim como aconteceu com objetos de muitos outros torcedores. No meio de centenas de outras bandeiras , a consequência mais natural era ficar perdida no emaranhado de panos rubro-negros.

 

O dirigente passou o jogo inteiro angustiado, dividido entre a preocupação com a bandeira e os ataques do River Plate. No intervalo, as filhas, vendo a tristeza do pai, foram até a parte de fora do estádio, conseguiram achar o objeto e deixaram com um segurança, que, sensibilizado com a história, prometeu guardá-la até o fim da partida.

 

Assim foi feito. Depois dos dois gols de Gabigol e da vitória por 2 a 1 sobre o River, Noval conseguiu comemorar o título em campo com a bandeira. Para ele, era a promessa cumprida, e uma forma de ter o pai ao lado.

 

- Fiquei maluco quando pegaram. Mas era assistir ao jogo ou não. Fiquei abatido. Para minha surpresa, elas conseguiram, e eu pude comemorar o título no campo com a bandeira.

 

Em 1981, Noval tinha 17 anos e conviveu de perto com craques como Zico, Junior e Leandro. Esteve nos três jogos da final da Libertadores.

 

- Participei daquela época maravilhosa junto com meus irmãos. Foi uma emoção indescritível. Depois, comecei a construir minha carreira no Flamengo a partir de 2010. Primeiro, na base, depois, no profissional. Tinha a vontade de ser campeão de uma Libertadores como ele foi e repetir esse feito para a família Noval.

 

O ano que começou trágico para Carlos Noval, um dos mais próximos aos meninos que morreram no incêndio no Ninho do Urubu, teve ao menos as pitadas de alegria com as conquistas tanto no profissional quanto na base. Agora, ele pretende ir ao Catar colocar mais uma estrela dourada na bandeira.

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