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ESPORTE Quinta-feira, 05 de Dezembro de 2019, 10:20 - A | A

Quinta-feira, 05 de Dezembro de 2019, 10h:20 - A | A

ANÁLISE

Entre a frustração e a sinceridade: Inter assume falta de mérito por vaga direta na Libertadores

Globo Esporte

Marcos Ribolli / GloboEsporte.com

 

A derrota por 2 a 1 para o São Paulo nesta quarta-feira, no Morumbi, pela 37ª rodada do Brasileirão, decretou o fim das esperanças do Inter de conquistar a vaga direta na Libertadores de 2020. O tropeço em solo paulista é o capítulo final na briga pelo G-6, mas não é fato isolado em meio à frustração que se adona do fim de ano colorado.

 

Cabisbaixos, com semblantes fechados e discursos sinceros, restou aos colorados admitir que o Inter não fez por merecer a classificação direta. Uma questão que atravessa todo um segundo semestre cambaleante, de uma oscilação ainda sem fim após o trauma com o vice na Copa do Brasil. A derrota para o São Paulo foi apenas o reflexo definitivo.

 

Pois se serve de conforto, a vaga na Libertadores pode ser confirmada ainda hoje: basta o Goiás não vencer o Palmeiras às 19h15, no Brinco de Ouro. A classificação via G-8, ao que tudo indica, será um prêmio de consolação aos colorados, já às vésperas da alvorada de 2020. Pouco para as pretensões do clube. E menos ainda para servir de motivo para comemorações.

 

– Hoje (quarta) é um dia de frustração, mesmo. Porque tínhamos um jogo decisivo pela frente. Claro que é pouco. Não resta a menor dúvida. Entramos na competição para mirar as primeiras posições. Em alguns momentos, tivemos que priorizar outras competições. Mas oscilamos muito no segundo turno. Classificar para a Libertadores é o que temos – diz o executivo Rodrigo Caetano.

 

 

13º no segundo turno

 

A perda da vaga direta tem ligação com a queda de rendimento no returno. O Inter encerrou o primeiro turno em quarto, com 33 pontos e 55,5% de aproveitamento. Os títulos de Flamengo na Libertadores e Athletico na Copa do Brasil transformaram o G-4 em G-6. E a equipe caiu abaixo disso. Despencou.

 

O Colorado é dono da 13ª campanha no segundo turno. São cinco vitórias, seis empates e sete derrotas em 18 jogos, com aproveitamento de apenas 38,9%.

 

– Nossa equipe oscilou muito. Realmente não fizemos por merecer a vaga direta. No segundo turno, especialmente, ficamos muito abaixo. A gente se cobra, conversa. Mas reconhecemos que não merecíamos a vaga direta – admite Edenílson.

 

 

Instável, a equipe se desorganizou e caiu de rendimento sob o comando de Zé Ricardo, com mais gols sofridos (14 em 10 jogos) e aproveitamento menor – apenas 40%, contra 60,5% sob com Odair Hellmann. E o maior reflexo disso são os jogos em casa.

 

"A responsabilidade é nossa de não ter chegado na Libertadores direto. Não podemos nos omitir disso. A gente precisa confirmar essa vaga na pré-Libertadores e terminar honrosamente o ano" (Marcelo Lomba)

 

O Inter fechou o primeiro turno invicto no Beira-Rio, com 86,6% de aproveitamento distribuídos em oito vitórias e dois empates em 10 jogos. No returno, são duas vitórias, quatro empates e duas derrotas, com 41,6% de aproveitamento.

 

– Realmente a gente desperdiçou muitos pontos em casa, principalmente, pois era nosso ponto forte – diz o goleiro Marcelo Lomba.

 

Com a derrota, o Inter perde uma posição na tabela: é oitavo colocado, com 54 pontos, e não tem mais chances de chegar ao G-6 do Brasileirão. Mas pode garantir a vaga na Libertadores já nesta quinta, caso o Goiás não vença o Palmeiras em São Paulo.

 

O elenco colorado volta de São Paulo nesta quinta-feira e se reapresenta para trabalhos na sexta. O Inter faz o último jogo da temporada no próximo domingo, às 16h, quando recebe o Atlético-MG no Beira-Rio.

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