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ESPORTE Segunda-feira, 06 de Maio de 2024, 15:55 - A | A

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Justiça Desportiva

STJD multa John Textor, mas não o suspende por denúncia de manipulação

Norte-americano ganha prazo de cinco dias para apresentar documentos de manipulação de resultados ao STJD

Globo Esporte

John Textor, sócio majoritário da SAF Botafogo, escapou de suspensão pelo STJD no julgamento de manipulação de resultados. Em sessão realizada na tarde desta segunda-feira no Rio de Janeiro, o norte-americano recebeu um prazo de cinco dias para apresentar as provas que afirma possuir. Ele foi multado em R$ 60 mil - o dinheiro será destinado ao Rio Grande do Sul, estado afetado por uma tragédia climática.

 

Textor foi punido no artigo 220-A do CBJD (deixar de colaborar com os órgãos da Justiça Desportiva) em R$ 60 mil. Ele terá cinco dias para apresentar documentos que alega possuir e cumprir as determinações do STJD, senão poderá ser julgado no artigo 223 (deixar de cumprir decisão da Justiça Desportiva). O prazo para a apresentação das provas depende da entrega do acórdão, então, ainda não tem data definida.

A denúncia aconteceu pelas declarações de John Textor após a partida contra o RB Bragantino, pela fase preliminar da Conmebol Libertadores, em fevereiro. Ele afirmou o seguinte:

- Alguém dizer que não há corrupção no Brasil, quando eu tenho juízes gravados reclamando de não terem suas propinas pagas... Talvez a CBF não devesse me processar. Eu não acusei o Ednaldo (Rodrigues, presidente da CBF). Nunca disse nada sobre ele. Ele não é um corrupto. Ele é um homem que comanda uma organização que provavelmente precisa administrar melhor a corrupção externa. Porque é uma batalha contra fatores externos. É uma batalha que existe e está aqui. Houve manipulações e erros em 2021, 2022, 2023, e nós temos provas.

A defesa do Botafogo, liderada pelo advogado Michel Assef Filho, chegou a pedir a suspensão do julgamento, argumentando que Textor não é obrigado a mostrar documentos e tem se mostrado presente para ajudar o caso, mas este foi indeferido.

Em abril, Textor afirmou que tem "provas de que o Palmeiras vem sendo beneficiado por dois anos" e divulgou um documento, baseado em relatos de inteligência artificial, que indicava, no entender dele, que cinco jogadores do São Paulo manipularam uma goleada sofrida por 5 a 0 para o Alviverde no Brasileirão de 2023.

 Este foi o segundo julgamento sobre a questão de manipulação de resultados envolvendo Textor. A primeira sessão, realizada no dia 14 de abril, fora adiada por um pedido de Miguel Ângelo Cançado, auditor do caso, para analisar o caso.

 Textor chegou a depor na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas. Na ocasião, apresentou documentos aos representantes e afirmou que que a manipulação "é realidade" no futebol brasileiro.

É a segunda punição sofrida por John Textor. No fim do mês passado, ele foi suspenso por 45 dias e multado em R$ 100 mil por declarações após a derrota do Botafogo contra o Palmeiras em novembro do ano passado. O norte-americano ainda tem seis dias a cumprir deste caso - o que será somado com a punição de agora.

 

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