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INTERNACIONAL Segunda-feira, 20 de Janeiro de 2020, 15:01 - A | A

Segunda-feira, 20 de Janeiro de 2020, 15h:01 - A | A

SE TORNOU PARTIDO POLÍTICO

Colômbia contraria EUA e não inclui as Farc na lista de grupos terroristas, diz emissora

G1

Luisa Gonzalez/Reuters

 

O presidente da Colômbia, Iván Duque, anunciou nesta segunda-feira (20) uma série de organizações que o país sul-americano passa a reconhecer como terrorista, após recomendação dos Estados Unidos e da União Europeia. Porém, o governo colombiano decidiu excluir da lista as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) ao justificar que o grupo se tornou um partido político em 2017.

 

O anúncio foi feito durante um encontro de líderes das Américas para debater a luta contra o terrorismo. Entre os participantes, estão o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, e o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó (leia no fim da reportagem alguns dos grupos que a Colômbia considerou terrorista).

 

Em documento divulgado pela emissora Caracol Radio, o Conselho de Segurança Nacional colombiano afirma que a nomeação das Farc como uma organização terrorista partiu dos EUA.

 

"O Conselho de Segurança Nacional da Colômbia exclui da lista transcrita de organizações terroristas pelos Estados Unidos da América as FARC, por serem um partido político", diz o texto.

 

As Farc se lançaram na política colombiana em 2017, um ano depois de abandonar as ações armadas no país. O grupo, inclusive, mudou de nome para Força Alternativa Revolucionária do Comum, e participou das mais recentes eleições.

 

Porém, em agosto do ano passado, o ex-número dois das Farc Iván Márquez anunciou a retomada da luta armada ao considerar que o governo Duque não respeitou o acordo de paz firmado entre os militantes e o governo. O núcleo do partido, porém, rejeitou a retomada dos conflitos.

 

E quais grupos a Colômbia considera terrorista?

O governo colombiano incluiu na lista alguns dos grupos que atuam na própria Colômbia, como o Exército de Libertação Nacional (ELN), e internacionalmente, como o Hezbollah.

 

O ELN é uma guerrilha que atua na fronteira da Colômbia com a Venezuela e que esteve por trás de atentados recentes como a explosão de um carro-bomba em frente à escola da polícia em Bogotá, há um ano.

 

O Hezbollah é uma facção sediada no Líbano formada por militantes radicais da minoria xiita no país. Apoiado pelo Irã, o grupo nasceu na década de 1980 para enfrentar tropas de Israel que ocupavam o território libanês. De acordo com Duque, "há informações de que a organização islamita atue na Venezuela".

 

O presidente Iván Duque também informou que a Colômbia adotará listas de pessoas e grupos terroristas da União Europeia e dos EUA que "permitirão detectar oportunamente membros de células como o Hezbollah, o Estado Islâmico e a Al Qaeda".

 

"Diante do terrorismo, há apenas uma saída: a aplicação rigorosa e drástica da lei. Ante as ameaças globais, é mais forte a capacidade de união", afirmou Iván Duque em entrevista coletiva.

 

"Começamos uma nova década dispostos a derrotar o terrorismo como um flagelo global", disse.

 

Além disso, em uma mensagem nas redes sociais, Duque afirmou que a medida permitirá:

* impedir entrada, trânsito e permanência de membros desses grupos no país

* fortalecer cooperação judicial e intercâmbio de informações

* perseguir o financiamento dessas organizações e de atos terroristas

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