Ao menos 30 pessoas morreram em conflitos entre milicianos e comerciantes que aconteceram entre a noite de quarta-feira (25) e esta quinta (26) no bairro PK5, em Bangui, capital da República Centro-Africana.
De acordo com testemunhas, os conflitos teriam começado porque os comerciantes, armados, se recusaram a pagar uma taxa cobrada pelos milicianos que controlam o bairro.
De acordo com o presidente da Cruz Vermelha africana, Antoine Mbaobogo, é possível que o número de mortes ainda aumente, pois ainda haveria outros “corpos perto do mercado".
Na capital centro-africana foram ouvidas rajadas de armas automáticas e explosões na noite de quarta-feira e na manhã de quinta.
'Estamos fartos!'
Na tarde desta quinta, a rua principal do PK5, centro econômico de Bangui, estava deserta. Muitas lojas foram saqueadas.
"Estamos fartos! Toda vez [as milícias nos] pedem dinheiro", queixou-se um vendedor, proprietário de várias lojas, que pediu para ter sua identidade preservada.
"Entre 40 e 50 lojas foram incendiadas, assim como de quatro a cinco casas", disse o coronel Patrick Bidilou Niabode, diretor-geral da defesa civil centro-africana.
O bairro é local de refúgio de muitos muçulmanos de Bangui, após os enfrentamentos entre rebeldes Seleka e grupos anti-balaka, que devastaram a capital desde a queda do presidente François Boizizé em 2013. Atualmente, o distrito continua sendo cenário habitual de atos violentos.
No começo de fevereiro foi assinado em Bangui o oitavo acordo de paz entre o governo e 14 grupos armados desde o começo da crise. No entanto, a situação de segurança permanece particularmente frágil no país, um dos mais pobres do mundo.
(Com informações da AFP)
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