O governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (8) que restringirá os vistos a autoridades chinesas acusadas de envolvimento na repressão contra a etnia uigur e outras minorias muçulmanas na região de Xinjiang, no oeste da China. A medida foi divulgada um dia depois de os EUA imporem restrições comerciais ao país.
O Departamento de Estado norte-americano diz que restringirá vistos para funcionários do governo chinês e do Partido Comunista envolvidos em "detenção ou abuso" de uigures, cazaques e outras etnias predominantemente muçulmanas em Xinjiang. A disposição também afetará membros de suas famílias.
"Os Estados Unidos pedem à República Popular da China que encerre imediatamente a campanha de repressão em Xinjiang", disse o secretário de Estado, Mike Pompeo, em um comunicado.
Pompeo pediu à China para "libertar todos os detidos arbitrariamente e que interrompa os esforços para coagir membros de minorias muçulmanas chinesas que vivem no exterior a retornar à China para enfrentar um destino incerto".
O Departamento de Estado não especificou os nomes dos funcionários que seriam afetados pela restrição de vistos anunciada nesta terça-feira.
Legisladores pediram que os Estados Unidos ajam especificamente contra Chen Quanguo, o chefe de Partido Comunista em Xinjiang. Reconhecido dentro do partido por seu manejo dos grupos minoritários, esse funcionário chinês antes havia dirigido políticas duras para conter a dissidência no Tibete.
Sanções contra empresas chinesas
O Departamento do Comércio incluiu na última segunda-feira 28 entidades chinesas em uma lista de sanções. A medida afeta empresas como a Hikvision, de vigilância de vídeo, e as companhias de inteligência artificial, Megvii Technology e SenseTime, por estarem envolvidas em ações repressivas em Xinjiang.
Pequim expressou "forte insatisfação e decidida oposição" diante da medida e negou qualquer abuso de direitos humanos em Xinjiang.
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