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INTERNACIONAL Terça-feira, 21 de Maio de 2019, 14:24 - A | A

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Irã rejeita conversas com Estados Unidos e diz que enfrenta guerra econômica

G1

O presidente do Irã, Hassan Rouhani, rejeitou qualquer conversa com os Estados Unidos e pediu, nesta terça (21), que o governa tenha mais poder para administrar a economia, que foi abalada por sanções em meio ao que ele classificou como uma guerra econômica.

 

"A situação atual não é adequada para conversas, e nossa única escolha é a resistência", disse Rouhani, segundo a agência de notícias estatal Irna.

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Na segunda (20), Trump disse que o Irã será confrontado com grande força se tentar algo contra interesses dos EUA no Oriente Médio, acrescentando que está disposto a conversar com o regime "quando eles estiverem prontos".

 

Rouhani comparou a situação com a guerra iraniana contra o Iraque nos anos 1980, quando centenas de milhares de pessoas foram mortas, e disse que o governo precisa de poderes semelhantes àqueles que recebeu à época para conduzir a economia.

 

"Em nenhum período anterior enfrentamos os problemas atuais no setor bancário e nas vendas de petróleo, por isso precisamos que todos se concentrem e sintam as condições da guerra econômica", disse Rouhani, de acordo com a Irna.

 

Contexto: saída do acordo nuclear iniciou escalada retórica

Em 2015, quando o presidente dos EUA era Barack Obama, os norte-americanos, outras potências mundiais e o Irã firmaram um acordo nuclear. Pelos termos desse entendimento, os iranianos iriam limitar a sua capacidade de enriquecimento de urânio.

 

Há pouco mais de um ano, o presidente Donald Trump retirou os EUA desse acordo. No começo de maio de 2019, Trump ainda tomou uma medida para pressionar o Irã: determinou que os países que fizerem comércio com os iranianos vão sofrer sanções dos norte-americanos.

 

A estratégia dos norte-americanos é forçar os iranianos a novas negociações sobre controle de armas. O Irã já rejeitou várias vezes qualquer nova tratativa enquanto os EUA se mantiverem fora do pacto nuclear.

 

Irã dá respostas

No ano passado, o Irã criou tribunais de julgamento rápido depois que o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, pediu uma ação legal veloz e justa para confrontar uma guerra econômica com inimigos estrangeiros.

 

Nesta terça (21), o porta-voz do Judiciário, Gholamhossein Esmaili, disse que uma das cortes condenou 10 empresários a até 20 anos de prisão devido a acusações como "sabotagem econômica", relatou a agência de notícias Fars. O Irã executou ao menos três empresários por crimes econômicos no ano passado.

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