Uma das possíveis testemunhas de acusação no julgamento do traficante mexicano Joaquín 'El Chapo' Guzmán, que começou esta semana em Nova York (EUA), é um velho conhecido das páginas policiais brasileiras: o chefão colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía.
Abadía foi preso em um condomínio de luxo em Barueri, na Grande São Paulo, em 7 de agosto de 2007. Em abril do ano seguinte, ele foi condenado a 30 anos de prisão pela Justiça brasileira, mas quatro meses depois foi extraditado para os EUA.
Testemunha de acusação
O colombiano, antigo líder do cartel do Vale do Norte, foi processado pela Justiça norte-americana e condenado a penas que somam mais de 200 anos de prisão. Para cortar anos de sua sentença, ele fez acordos e se tornou colaborador em processos contra seus antigos parceiros.
No ano passado, Abadía foi uma das principais testemunhas de acusação no julgamento de Alfredo “El Mochomo” Beltrán-Leyva, que comandava o braço armado do cartel de Sinaloa, cujo principal líder era El Chapo.
Como foi julgado na Justiça federal no Brooklyn, em Nova York, o colombiano foi processado por alguns promotores que hoje estão na acusação do julgamento do mexicano.
Tráfico e fuga
Juan Carlos Abadía era um dos principais fornecedores de cocaína para o cartel de Sinaloa. Em 1996, depois de 10 anos no tráfico, ele foi processado por ter enviado mais de 30 toneladas de coca para o México e os EUA e cumpriu 4 anos de prisão.
Durante vários anos, o colombiano foi o segundo homem mais procurado do mundo, atrás apenas do ex-líder da al-Qaeda e mentor dos ataques de 11 de setembro, Osama Bin Laden.
Ele fugiu para o Brasil em 2004, depois de se tornar alvo das autoridades norte-americanas, e morou no Paraná e no Rio Grande do Sul antes de se estabelecer em Barueri.
No país, Abadía usava o nome falso Marcelo Javier Unzue e se especializou em disfarces. Ele mudava o cabelo, usava e tirava barba e bigode constantemente e, mais de uma vez, apelou para cirurgia plástica para mudar seu rosto.
CLIQUE AQUI e faça parte do nosso grupo para receber as últimas do Noticia Max.
0 Comentários