Cuiabá, 26 de Abril de 2024
Notícia Max
26 de Abril de 2024

INTERNACIONAL Quarta-feira, 18 de Julho de 2018, 14:42 - A | A

Quarta-feira, 18 de Julho de 2018, 14h:42 - A | A

INFÂNCIA ROUBADA

PF prende "coiote" que enviava crianças brasileiras para os EUA

PORTAL R7

Divulgação

 

 

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quarta-feira (18) um dos principais suspeitos de enviar crianças brasileiras ilegalmente para os Estados Unidos. O "coiote" foi detido em Ji-Paraná, em Rondônia. 

 

A prisão faz parte da terceira fase da Operação Piratas do Caribe, deflagrada nesta quarta-feira para desarticular o ramo internacional de uma rede de criminosos responsável pelo envio ilegal de crianças e adolescentes do Brasil aos EUA. 

 

A ação é resultado de uma cooperação com a Bahamas e EUA, contando com o apoio a agência de imigração americana, a ICE (Immigration and Customs Enforcement). No Brasil, a operação é conduzida pela PF em Rondônia.

 

Ao todo, são cumpridos dois mandados de prisão e três de buscas e apreensão no Brasil e no exterior. 

 

Nesse modelo, segundo a PF, o "coiote" promove o "ingresso de adultos ilegalmente acompanhados de crianças ou adolescentes, para que assim esses adultos não sejam imediatamente deportados".

 

Por causa da política de tolerância zero do atual presidente americano, Donald Trump, essas crianças eram separadas de seus pais e mantidas em abrigos do governo. De acordo com a PF, o grupo criminoso movimentou mais de R$ 25 milhões ao enviar anualmente cerca 150 adultos e 30 crianças aos EUA.

 

Os mesmos alvos também são investigados pelo desaparecimento de 12 brasileiros que tentavam a travessia de barco entre as Bahamas e EUA.

 

No curso da investigação, foi ainda constatado que muitos brasileiros transportados pelo grupo acabaram morrendo enquanto tentavam a travessia — inclusive com suspeita de assassinatos.

 

Histórico

 

A Operação Piratas do Caribe iniciou suas investigações para apurar o desaparecimento de um brasileiro ao tentar ingressar nos EUA.

A PF descobriu que os imigrantes ficavam em cidades com aeroportos internacionais até receberem a ordem de embarque para as Bahamas — facilitada por um agente de imigração.

 

No país caribenho, os imigrantes aguardavam vários dias para tentar fazer a travessia de barco e assim ingressarem clandestinamente nos Estados Unidos.

 

"Além de todos os conhecidos riscos que envolvem a imigração ilegal para outros países, os coiotes escondiam os reais perigos envolvidos na travessia como a passagem pela região do Triângulo da Bermudas, famosa pelo alto índice de tempestades, naufrágios e desaparecimento de embarcações e aeronaves", diz nota da PF divulgada nesta quarta-feira, 18.

CLIQUE AQUI e faça parte do nosso grupo para receber as últimas do Noticia Max.

0 Comentários