O presidente da França, Emmanuel Macron, repreendeu um adolescente que o chamou pelo apelido "Manu", durante evento oficial na periferia de Paris na manhã desta segunda-feira (18). "Você me chame de 'senhor presidente da república' ou de 'senhor'', corrigiu o chefe de Estado francês.

Momentos antes de chamar Macron pelo apelido, o rapaz entoava versos da Internacional, canção revolucionária considerada um dos hinos do comunismo. O presidente da França, então, respondeu: "Você pode agir como um imbecil, mas hoje é [dia de] a Marselhesa [hino nacional francês] e o Canto dos Partidários [canção da Resistência durante a Segunda Guerra Mundial]".

"No dia em que você quiser fazer a revolução, aprenda a ter um diploma e a se sustentar", repreendeu Macron.

'Conversa tranquila'

Depois de as imagens da rede televisão BFMTV ganharem as redes, Macron publicou, no Twitter, o resto da conversa com o jovem para aliviar a ideia de que deu uma bronca no garoto.

No vídeo, o presidente da França pergunta como o adolescente se saiu nas provas do brevet, exame obrigatório para o terceiro ano do colégio — equivalente ao nono ano do Ensino Fundamental brasileiro. O rapaz responde que não foi bem, e ouve um conselho de Emmanuel Macron:

"Devemos ser um exemplo, sempre pensar em seguir em frente, e não se contentar apenas em passar [...]. Temos que pensar qual ideal queremos buscar. Cada um tem o seu", disse Macron ao adolescente.

"Respeito é o mínimo em uma república, sobretudo em 18 de junho, sobretudo na presença de companheiros da Liberação. Mas isso não impede de termos uma conversa tranquila", tuitou.

O vídeo ainda mostra que Macron repreendeu colegas que fizeram brincadeiras com o adolescente. "Que besteira você fez?", perguntou uma menina ao jovem, no que o presidente francês reagiu e sinalizou com a mão para que parasse.

Data em memória à Resistência

Macron cumprimentava um grupo de jovens que assistia às homenagens de 18 de julho. A data comemora os 78 mensagem enviada pelo então general Charles de Gaulle, exilado em Londres, para que os franceses liderassem uma resistência aos nazistas e ao comando aliado de Adolf Hitler, durante a Segunda Guerra Mundial.

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