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INTERNACIONAL Sexta-feira, 19 de Janeiro de 2018, 08:17 - A | A

Sexta-feira, 19 de Janeiro de 2018, 08h:17 - A | A

DURANTE UM BOMBARDEIO

Rapper que se juntou ao EI e se casou com espiã dos EUA morre em ataque

O Globo

 

O rapper alemão que se tornou combatente do Estado Islâmico e se casou com uma tradutora do FBI — a polícia federal americana — designada para espioná-lo foi morto em um bombardeio na Síria, informou um grupo de monitoramento americano. Denis Cuspert, cujo nomes artístico era Deso Dogg, despontou como um dos extremistas ocidentais mais famosos e apareceu em uma série vídeos de propaganda do EI.

Com nacionalidade dupla, alemã e ganesa, Cuspert foi morto na quarta-feira durante um bombardeio na cidade de Gharanij, na província síria de Deir Ezzor, de acordo com comunicado divulgado pela fundação pró-extremistas Wafa. A informação foi traduzida pelo grupo de monitoramento SITE.

O grupo jihadista postou oito fotos com conteúdo gráfico no Telegram. As imagens mostrariam os restos mortais do combatente. A morte do alemão havia sido noticiada, por engano, em outubro de 2015. O Pentágono, à época, confirmou que ele havia sido abatido em um bombardeio. Mas Cuspert sobreviveu ao ataque e voltou às fileiras extremistas. O mesmo ocorreu em 2014, quando fontes extremistas reportaram a perda e depois se retrataram.

Daniela Greene, contratada pelo FBI para espionar o rapper, fugiu para a Síria, em junho de 2014, com o objetivo de encontrá-lo e se casar, de acordo com documentos de um tribunal americano. Ela teria se apaixonado durante o trabalho de campo. A agente foi condenada a dois anos de prisão ao voltar para a terra natal, dois meses depois da viagem ao exterior.

Durante o julgamento, Daniela se declarou culpada por "fazer falsos comunicados sobre terrorismo internacional". Ela trabalhava há três anos para o FBI e cumpriu a pena até agosto de 2016. Depois, virou recepcionista de um hotel. Já Cuspert fez votos de lealdade ao líder extremista Abu Bakr al-Baghdadi e se engajava em recrutar mais combatentes alemãs.

Cuspert elogiou Osama bin Laden em uma música, ameaçou Barack Obama com um gesto de corte de garganta e segurou uma cabeça de um homem decapitada em um vídeo de propaganda. Como parte de sua investigação sobre ele, Greene tinha acesso exclusivo a uma das duas contas de Skype utilizadas por Cuspert, de acordo com documentos vistos pela CNN.

 

 

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