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INTERNACIONAL Terça-feira, 04 de Fevereiro de 2020, 08:08 - A | A

Terça-feira, 04 de Fevereiro de 2020, 08h:08 - A | A

PRÉVIA

Sem resultado oficial, pré-candidatos democratas dizem ter sido vitoriosos em Iowa

G1

A votação em Iowa que iniciou, na segunda-feira (3), a o processo de escolha do Partido Democrata para a eleição presidencial terminou em fiasco, após indefinições e atrasos na publicação oficial dos resultados, mas ao menos dois pré-candidatos, Bernie Sanders e Pete Buttigieg, anunciaram vantagem, com base em dados não oficiais e parciais.

 

Win Mcnamee / Getty Images North America / AFP

Pete Buttigieg ao chegar à Universidade

 

Elizabeth Warren afirmou que essa é uma disputa longa, Amy Klobuchar disse que ela conseguiu um resultado acima do esperado e Joe Biden declarou que sairá de Iowa com seu quinhão de delegados.

 

Atraso nos resultados

 

Os eleitores se reuniram para começar a escolher quem será o adversário de Donald Trump às 19h (22h em Brasília) de segunda-feira (3), mas até a manhã desta terça-feira (4) não havia resultado.

 

O Partido Democrata atribuiu o atraso a "checagens de qualidade". Uma fonte do partido afirmou à rede CNN que o resultado deve ser divulgado "em algum momento" da terça-feira (4).

 

Canto da vitória

 

Em uma rede social, o pré-candidato Pete Buttigieg afirmou que Iowa "chocou a nação" e que, por todos os indícios, a sua candidatura vai vitoriosa para a segunda rodada de prévias.

 

Já Sanders discursou para seus simpatizantes e afirmou que tinha um "bom pressentimento" de que iria "muito, muito bem" em Iowa".

 

O senador anunciou resultados internos de quase 40% dos locais de votação. De acordo com esses dados, ele recebeu 28,62% dos votos, seguido de Buttigieg (25,71%), a senadora progressista Elizabeth Warren (18,42%) e o ex-vice-presidente de centro Joe Biden (15,08%).

 

"Hoje marca o início do fim para Donald Trump", disse o senador de 78 anos, que em 2016 foi derrotado em Iowa por Hillary Clinton.

 

Mais controles

 

A equipe de Warren rejeitou a decisão de Sanders de divulgar os dados. "Qualquer campanha que diga que venceu o que apresente números incompletos está contribuindo para o caos e a desinformação", escreveu em uma rede social seu principal estrategista, Joe Rospars.

 

Mas à medida que a espera aumentava, outros pré-candidatos também afirmaram ter superado as expectativas. "Estou confiante", disse Biden, que previu uma votação "apertada".

 

Otimista, a senadora Amy Klobuchar também estava otimista: "Sabemos que há atrasos, mas sabemos de uma coisa, estamos acima do esperado".

Os dados de Sanders mostram Klobuchar em quinto lugar, com 10,93%.

 

Integridade do sistema

 

O aplicativo que o Partido Democrata encomendou para tabular os resultados não foi testado no estado inteiro de Iowa, de acordo com pessoas ouvidas pelo "The New York Times".

 

A tecnologia foi desenvolvida rapidamente nos últimos dois meses, de acordo com as fontes ouvidas pelo jornal.

 

Não houve invasão de hackers ou fraude, disse uma porta-voz do Partido Democrata, Mandy McClure.

 

A situação embaraçosa em Iowa acontece no momento em que funcionários do governo americano estão sob pressão para demonstrar a integridade do sistema de votação do país depois de 2016, quando a Rússia foi acusada de interferir nas eleições presidenciais em um esforço para ajudar Trump a derrotar Clinton.

 

Houve mais de 1.600 assembleias de eleitores, e o Partido Democrata de Iowa ordenou mais controles depois de detectar "inconsistências" no registro de resultados.

 

A campanha de Biden enviou uma carta ao presidente do Partido Democrata de Iowa, Troy Price, na qual reclamou de "falhas consideráveis".

 

Colapso democrata

 

Os republicanos, incluindo o filho do presidente Donald Trump Jr, se apressaram a sugerir incompetência ou jogo sujo por parte dos democratas.

 

O diretor de campanha de Donald Trump, Brad Parscale, definiu a situação como um colapso democrata. "Eles não conseguem nem administrar um caucus e querem comandar o governo. Não, obrigado", completou.

 

Como era esperado Trump dominou "caucus" republicanos em Iowa e certamente será confirmado como candidato na convenção nacional de seu partido de 24 a 27 de agosto em Charlotte, Carolina do Norte.

 

Trump, submetido pelos democratas a um processo de impeachment que deve terminar com sua absolvição na quarta-feira no Senado, provavelmente mencionará o caos de Iowa nesta terça-feira à noite ao Congresso e à nação durante o discurso anual sobre o Estado da União.

 

Ao contrário de uma votação secreta, os participantes do "caucus" de Iowa declaram publicamente quem apoiam e se unem aos partidários de um pré-candidato.

 

Os aspirantes à candidatura que conseguem 15% de apoio ganham delegados para a corrida à indicação, enquanto os partidários dos pré-candidatos que não alcançam este percentual podem apoiar outros nomes.

 

Ao que parece, os atrasos na divulgação dos resultados oficiais podem ter sido provocados pelas novas regras instauradas depois das eleições de 2016.

 

Até 2016, só um número era divulgado: a quantidade final de delegados para os candidatos. Mas neste ano, novos dados serão tornados públicos: a divisão inicial de quantos eleitores que se alinharam com cada uma das candidaturas, o reposicionamento dos eleitores daquelas chapas que tiveram menos de 15% do apoio e o número final de delegados em cada um dos locais de votação.

 

Os "caucus" em Iowa oferecerão um panorama inicial sobre a viabilidade dos 11 democratas na disputa, apesar do estado ter apenas 41 delegados dos 1.991 necessários para a conquista da indicação à candidatura presidencial, que será oficializada na convenção do partido em Milwaukee, Wisconsin, de 13 a 16 de julho.

 

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