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INTERNACIONAL Quinta-feira, 04 de Julho de 2019, 10:04 - A | A

Quinta-feira, 04 de Julho de 2019, 10h:04 - A | A

ESTADOS UNIDOS

Trump pode usar ordem executiva para incluir questão sobre cidadania no censo

G1

Reprodução

 

Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos, poderá publicar uma ordem executiva para incluir uma questão no censo do país, de acordo com um texto do site Axios.

 

A ordem executiva é uma espécie de medida provisória: o governo não precisa de aprovação do Legislativo para implementá-la.

 

O governo está considerando a pertinência de uma ordem executiva que responderia à necessidade constitucional de uma pergunta sobre cidadania para ser incluída no censo de 2020, disse um oficial ao site.

 

A Suprema Corte bloqueou, no dia 27, os planos de Trump de adicionar a questão sobre cidadania.

 

As autoridades tinham apresentado um argumento que a Justiça considerou artificial.

 

Na terça-feira (2), membros do governo, como o secretário de Comércio, Wilbur Ross, disseram que o plano havia sido abandonado e que os formulários já estavam sendo impressos.

 

Trump, no entanto, declarou na quarta (3) que não havia desistido de acrescentar a questão no censo.

 

Qual o possível problema da questão?

A crítica que se faz é que a pergunta sobre cidadania pode ser uma forma de o Partido Republicano assustar os imigrantes e evitar que eles participem da contagem populacional, realizada a cada dez anos.

 

Assim, as áreas com altos índices demográficos de imigrantes e latinos, que se inclinam a favor do Partido Democrata, ficariam sub-representadas nas eleições (nos EUA, o voto é distrital).

 

Isso beneficiaria os brancos não-hispânicos e ajudaria os colegas republicanos de Trump a conquistarem assentos na Câmara dos Deputados e nas assembleias legislativas estaduais quando novos distritos eleitorais forem estabelecidos após o censo, segundo os críticos.

 

"As notícias a respeito da desistência do Departamento de Comércio quanto a colocar a questão sobre cidadania no Censo são incorretas ou, para dizer diferentemente, 'fake'! Estamos absolutamente avançando, como precisamos, por conta da importância das respostas a essa questão", escreveu Trump em uma rede social.

 

Autoridades da Casa Branca e do Departamento de Comércio não comentaram de imediato o texto de Trump na rede social.

 

"Não há nada falso no Departamento de Justiça nos escrevendo para dizer que as impressões começaram sem a questão sobre cidadania", disse também em uma rede social a União Americana das Liberdades Civis, que contestou judicialmente a implantação da pergunta.

 

A deputada democrata Carolyn Maloney disse à Reuters que tanto o Departamento de Justiça quanto a Secretaria de Comércio confirmaram a seu gabinete "que o processo de impressão irá em frente sem a questão sobre cidadania".

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