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05 de Maio de 2024

OPINIÃO Terça-feira, 04 de Abril de 2023, 07:30 - A | A

Terça-feira, 04 de Abril de 2023, 07h:30 - A | A

LOUSDEMBERGUE RONDON

Público, privado e moralidade

Um antídoto antiescravista e um manifesto pela moralidade

LOUSDEMBERGUE RONDON

Ter o monopólio da violência garante que o Estado não tenha limites e a destruição da moralidade é o primeiro passo para um Estado totalitário. Apesar do Estado ser impossível de ser eliminado devido a sua própria anatomia, é necessário para aqueles que não querem ser escravos, consolidar princípios que limitam de alguma forma o poder do Estado.

O desenvolvimento de uma sociedade parte primeiro dos princípios morais e isso é evidente. Então para começo de conversa, é obrigatório contrapor o poder do Estado com um poder infinitamente maior, o poder de Deus. A única coisa que impede a escravidão total de uma sociedade pelo Estado é a religião, não é por menos que o Estado tenta destruir a religião de todas as formas.

Precisamos de uma religião forte, no caso o cristianismo é sem dúvidas a melhor religião que um povo pode ter. O cristianismo oferece o alicerce para a formação de uma sociedade, princípios morais, uma oposição ao Estado, uma estrutura psicológica e um propósito para a vida. (Na verdade é um absurdo eu me referir ao cristianismo e sociedade como se fossem coisas distintas).

Não é à toa que o cristianismo construiu as sociedades mais desenvolvidas em todas as áreas, bem estar social e econômico, tremendo avanço moral e científico, sendo o cristianismo o pai da ciência.
A base de uma sociedade é evidentemente a família. Por família se compreende o fruto do sexo, o casamento entre um homem e uma mulher e a geração de filhos.

Não existe outro tipo de casamento e não existe outro tipo de família. A formação de família é a única nobreza do sexo, sendo seu uso indevido simplesmente um ato animal, irracional e imoral. A maior violência contra a mulher é o sexo fora do casamento.

Aos desinformados eu esclareço que o casamento tem duas funções principais, 90% dele é criar uma estrutura sólida, uma base para a correta criação das crianças e não para a “felicidade dos adultos”. Não é à toa que os índices de criminalidade, obesidade, depressão e abuso de drogas aumentam, e muito, em filhos de pais separados.

Agora eu lhe entrego isso, 10% do casamento serve ao benefício dos adultos, ele cria um relacionamento sério suficiente, com comprometimento suficiente para lhe entregar responsabilidades e exigir dos adultos um amadurecimento e um crescimento pessoal que outro tipo de atividade não é capaz de entregar. Mais sobre o assunto no meu texto “oito argumentos a favor do casamento”.

Portanto, um relacionamento amoroso duradouro entre adultos será extremamente benéfico. E eu defendo a união de homossexuais, eles e toda a sociedade se beneficiarão disso, isso vai resultar em uma diminuição de doenças sexualmente transmissíveis. Agora eles perderam em não terem feito contratos particulares entre as partes interessadas em um relacionamento, ao invés disso foram pedir ao Estado o “direito” de fazer isso, o Estado não deve se meter na interação voluntária das pessoas!

O terceiro passo é o armamento massivo da população. As pessoas precisam formar pequenos exércitos particulares para proteger as próprias comunidades contra um governo tirânico, nunca mais o Estado fechará uma igreja! Nunca mais o Estado impedirá o direito de ir e vir e nunca mais o Estado terá a audácia de fechar uma empresa! Nunca mais algum maluco entrará numa escola para matar crianças, pois todos os adultos estarão devidamente armados, nenhum lugar será um ‘gun free zone’! Nenhum homem livre será impedido de ter e portar armas!

É óbvio que o armamento não serve apenas para defender a sociedade contra um governo tirânico, mas ele serve também por mais duas razões, primeiro defender de bandidos comuns, segundo e mais importante é a influência psicológica que isso causa; o indivíduo trará mais responsabilidades para ele mesmo e o efeito disso será um adulto mais ‘autônomo’ e interessado em fazer as coisas por ele mesmo, sem depender de esmolas.

Agora que temos armas não precisamos usá-las. Quanto mais presentes, menos uso elas terão, menos tiros elas vão disparar porque esta será uma consequência implícita a uma agressão injustificável.

Temos em nossas mãos, não armas, mas conquistamos a liberdade de expressão! Poderemos expressar as nossas vontades e teremos o direito dado por Deus de falar o que bem entendermos e nossos adversários terão de ser inteligentes o suficiente para lutar com o uso de palavras! Seremos persuadidos pela razão e não pela força. E se a moralidade não nos faltar, teremos a coragem de dizer a verdade. E somente a verdade poderá vencer a guerra cultural.

Como o Estado não poderá ser destruído por conta da própria anatomia destrutiva, resta aos seres humanos criar os limites e direcionar os campos de atuação. O Estado uma vez foi separado da religião. Agora o Estado precisa ser separado de mais duas coisas. O Estado não pode fazer nenhuma atividade que corrompa valores morais, o Estado nunca será dotado de moralidade, mas ao contrário, a natureza do Estado sempre será corrupta, imoral e destrutiva. Por isso este cachorro infernal deve ser tratado sempre com focinheira.

É óbvio que o Estado deve se adequar aos valores morais de uma sociedade. Mas veja que esta ordem foi invertida há muito tempo, o Estado passou a exercer uma tremenda influência nos valores morais e chegou ao ponto de distorcer a realidade por meio das escolas e faculdades, na imprensa e até mesmo dentro da igreja. O Estado deve ter os tentáculos cortados. A equação é clara, quanto mais poder ele acumula, mais corrompido ele é, e mais deseja corromper. É hora contra-atacar e resgatar valores quase esquecidos.

A segunda é a economia, o Estado não deve se intrometer na economia. Toda propriedade privada deve ser devidamente privada. A economia não pode ser regulada, burocratizada ou limitada. A economia gira em torno do interesse voluntário dos indivíduos e preza o bem estar das pessoas. As empresas serão reguladas pelo próprio mercado. Portanto o livre mercado deve atuar de forma independente, com pleonasmo. O Estado deve concentrar o dinheiro roubado através dos impostos nas atividades de defesa externa de um país, na segurança pública e na justiça. Mas evidentemente a justiça e a segurança pública podem ser fornecidas também por empresas privadas.

Neste curto texto apresentei algumas ideias de maneira extremamente grosseira, que miram um objetivo mais alto e devem ser colocadas em prática com prudência.

Lousdembergue Rondon é jornalista.

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