Delegado Edison Ricardo Pick — Foto: Facebook/Reprodução

 

O desembargador Luiz Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso concedeu parecer favorável à soltura do delegado Edison Ricardo Pick, nesta sexta-feira (19). O delegado estava preso desde a última terça-feira (16), suspeito de torturar adolescentes em Colniza, a 1.065 km de Cuiabá.

O Habeas Corpus foi impetrado pelo advogado Geraldo Carlos de Oliveira, a pedido do Sindicato dos Delegados de Polícia de Mato Grosso (Sindepo). De acordo com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), o alvará de soltura ainda não chegou no Centro de Custódia de Cuiabá.

Na decisão do desembargador enfatizou que atos de tortura não devem ser tolerados. Por outro lado, suspeitos de tal ação não podem ser condenados sem a oportunidade de apresentar a versão deles sobre o fato.

“Não se pode estigmatizar e condenar sumariamente policiais sejam eles civis, militares ou federais, sem que eles tenham a oportunidade de apresentar a versão deles sobre os fatos e, acima de tudo e principalmente, produzir provas acerca das circunstâncias em que ocorreram, ainda que o procedimento investigativo criminal instaurado perante o Ministério Público”, diz trecho da decisão.

O presidente do Sindepo, delegado Wagner Bassi também alegou que o delegado foi preso antes de ser ouvido sobre os fatos e que o grupo de investigação levou em consideração apenas o depoimento das supostas vítimas.

A prisão

Edison Ricardo Pick e outros dois investigadores foram presos na terça-feira (16), durante a Operação 'Cruciatus' por suspeita de cometerem o crime de tortura em Colniza.

Os três são alvos de uma ação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE).

O delegado investigado responde pela Delegacia da Polícia Civil em Colniza.

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