O Governo do Estado anulou as demissões e cassações de aposentadoria de 33 servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), acusados de envolvimento em esquema de venda ilegal de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no período de 2010 a 2013, que resultou na deflagração da “Operação Fraus”.
As suspensões foram publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE) que circula nesta terça-feira (11). “O pedido de concessão do efeito suspensivo tem o escopo de evitar grave lesão ao interessado, caso a decisão seja imediatamente executada”, disse o governo.
As demissões e aposentadoria foram definidas em abril, porém, o governador Mauro Mendes (DEM) acatou recurso de Pedidos de Reconsideração com Pedido de Efeito Suspensivo, impetrado pelos servidores. Com a decisão, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) vai fazer uma nova dos Processos Administrativos Disciplinares (PADs) e terá 45 dias para emitir um novo parecer sobre o caso.
Mauro Mendes decidiu ainda que a “Administração Pública deverá ressarcir os rendimentos dos servidores, suspensos em decorrência da demissão e cassação da aposentadorias”, caso do recursos ser recolhido. “A manutenção do interessado no serviço público não trará prejuízo a análise do pedido, assim como retirar-lhe sua remuneração, sem que o processo administrativo tenha se findado, poderá causar-lhe prejuízos de difícil reparação, além do fato de que eventual mudança no decisum poderá obrigar o Estado a arcar com o pagamento dos proventos indevidamente cassado”, diz trecho da decisão do governador.
Todos os servidores que impetraram recurso foram foram alvos da “Operação Fraus”, deflagrada pela Polícia Judiciária Civil de Barra do Garças (509 km de Cuiabá) em 2013. O esquema de venda de CNH era operado em 39 cidades de Mato Grosso, Goiás e Tocantins.
Investigações apontaram que os servidores facilitavam a emissão da primeira habilitação ou a renovação da autorização para dirigir em troca de vantagens indevidas. Teve caso de servidor que cobrou R$ 600,00 para facilitar a emissão de documentos. Outra situação foi a emissão de CNH a candidatos analfabetos do estado de Goiás.
A facilitação envolvia a emissão de documentos sem a realização de aula teórica e prática, com ausência ou simulação de exames psicológicos ou médicos, com realização de provas práticas por terceiros, entre outras situações, o que configuraria no âmbito penal: falsidade ideológica, falsidade material, corrupção passiva e ativa.
Confira a lista de servidores:
Admil Silva de Moraes
Arlete Tavares de Lima
Ataide Dias de Moura
Benedito Odenir Silva
Demaria Moreira Calaça
Divina Lúcia Parente Gomes
Eudes Will
Fernando da Costa
Francisca de Queiroz
Francisca Lopes de Almeida Moraes
Ivo Soares da Silva
Izete Domingas de Jesus Oliveira
Janini Falcão Freitas
João Carlos Rosa Maidana
João Lourenço Ladislau
José Augusto Silva Nunes da Mata
José Cândido Soares
Jucilene Maria de Oliveira Gaiva
Leiza Maria Ferreira se Sá Silva
Lucília Souza Garcia
Mailton Lourenço Pereira
Marcos Cesar Marques Herani
Maria de Fatima Zanoizo Silva
Maria Jeorgina Conceição da Silva
Mario Lucio de Freitas
Natália Rosa de Macedo
Nivaldo de Arruda e Silva Filho
Oacyr Jacob de Souza
Paulo Roberto Marques da Costa
Roberto Ramos dos Santos
Sandra Cândida da Silva
Terezinha de Fátima Oliveira
William dos Santos Soares
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