O juiz e corregedor da Penitenciária de Segurança Máxima de Mossosó (RN), Orlando Dontato Rocha, ordenou ao diretor da unidade penitenciária em que João Arcanjo Ribeiro está preso, que providencie a transferência do ex-bicheiro para Cuiabá em prazo máximo de 30 dias.
A decisão é da última terça-feira (15), com isso, João Arcanjo terá de retornar a Cuiabá até o dia 14 de setembro.
Na decisão, o juiz esclareceu que Arcanjo só poderia continuar preso em Mossoró se tanto o TJ-MT quanto ele decidissem que tal medida seria imprescindível.
“Vê-se, desse modo, que não é possível a permanência do preso João Arcanjo Ribeiro na Penitenciária Federal em Mossoró/RN, tendo em vista que o Tribunal de Justiça da origem entendeu pela reforma da decisão que solicitou a renovação do prazo de permanência do preso”.
Dessa forma, o magistrado Orlando Rocha reconheceu que não há mais motivos para adiar a permanência de Arcanjo na unidade de segurança máxima e determinou o "retorno imediato" do ex-bicheiro.
“Ante o exposto, determino a devolução do preso ao Sistema Penitenciário do Estado de origem, devendo o Departamento Penitenciário Nacional ultimar as providências pertinentes ao retorno do detento ao Estado do Mato Grosso, no prazo máximo de 30 dias. Comunique-se ao Departamento Penitenciário Nacional e ao Diretor da Penitenciária Federal em Mossoró/RN o teor desta decisão, determinando que dê ciência ao detento, e para que ultimem as medidas pertinentes à devolução do interno”, decidiu.
Ex-bicheiro
No dia 1º de agosto pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT),foi autorizado a transferência de Arcanjo, considerado o ex-chefe do crime organizado em Mato Grosso.
O ex-bicheiro, em agosto de 2007, foi inserido no sistema federal quando foi transferido para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), no mesmo dia da deflagração da operação “Arrego”, pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que apurou e confirmou que, mesmo de dentro da PCE, ele continuava comandando o jogo do bicho.
Arcanjo também foi condenado a 19 anos de cadeia pelo assassinato do empresário Sávio Brandão, fundador do jornal Folha do Estado, crime ocorrido em setembro de 2002.
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