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POLÍTICA & PODER Sábado, 24 de Agosto de 2019, 10:15 - A | A

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LÍDER DO AGRONEGÓCIO

Maggi isenta Bolsonaro das queimadas, mas condena má postura sobre Amazônia

Redação

 

O ex-governador e ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP) comentou em post nas redes sociais a polêmica em torno do alto índice de focos de incêndio pelo país, especialmente na floresta Amazônica – que tem despertado críticas dentro e fora do país.

 

Ele comparou a crise de imagem que o país enfrenta diante do aumento das queimadas com o período em que governou Mato Grosso. Maggi afirma que também era apontado injustamente como culpado pela degradação ambiental em MT enquanto esteve à frente do Palácio Paiaguás.

 

“Como governador (de 2003 a 2010) coube a mim a tarefa de lidar com algo parecido com o que está acontecendo agora. A culpa sempre recai em cima do governante de plantão, exatamente o que acontece com Bolsonaro! (Sem culpa)”, postou.

 

Apesar de ‘inocentar’ o presidente Jair Bolsonaro, Maggi fez um alerta sobre como lidar com a crise. Para ele, cuidado com a retórica é importante para acalmar os ânimos que começam a se acirrar contra o Brasil e podem prejudicar a conquista de mercados pelo mundo.

 

Na sexta-feira em entrevista à Jovem Pan, ele chegou lamentar a postura do atual governo brasileiro sobre o desmatamento e as queimadas na Amazônia. Ele  explicou que a retórica inflamada tanto do presidente omo de seus aliados prejudica a imagem do país no exterior, algo que tinha sido trabalhado durante anos.

 

“Desde que eu me conheço por gente, a gente trabalha, no mercado internacional, a questão da Amazônia e do desmatamento. Ela sempre foi colada como uma prioridade para que o Brasil e o governo brasileiro fizessem negócios fora. Com todo esse movimento, isso retrocedeu. Essa garantia que dávamos a governantes e a empresários, através do nosso controle, está muito em evidência agora. Então, as ameaças contra o Brasil são reais”, explicou.

 

Maggi explica que a principal preocupação vem das exportações. “O Brasil depende muito das exportações agrícolas e pecuárias e, agora que a questão [da Amazônia] pesou, a tendência é que a relação entre os países fique cada vez pior.”

 

De acordo com ele, o discurso do governo federal acabou criando uma imagem de “instabilidade e liberalização”, ou seja, transmite a ideia de que as atividades ilegais, como o desmatamento, agora estão permitidas. “A gente sabe que não é isso, que não mudou a legislação, mas, com esse discurso, talvez os menos avisados achem que agora podem fazer”, ressaltou.

 

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