O Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral), por meio da Procuradoria Regional Eleitoral em Mato grosso (PRE/MT) apresentou à Corregedoria Regional Eleitoral de Mato Grosso novos documentos e insistiu no afastamento do sigilo bancário do filho do deputado, Marcelo Piccini Geller, em ação que investiga o abuso de poder econômico nas eleições de 2018.
As novas provas foram obtidas no âmbito da ação ajuizada pelo MP Eleitoral contra Neri Geller, que, além de promover gastos eleitorais no limite de sua candidatura, doou o total de R$ 1.327.000,00 (um milhão, trezentos e vinte e sete mil reais) a doze candidatos a deputado estadual, majoritariamente a outras coligações em polos regionais.
A Corregedoria inicialmente afastou o sigilo bancário das contas do deputado. Porém, no decorrer do processo, informações oriundas do Coaf e das instituições bancárias indicaram que o filho do então candidato seria a verdadeira fonte das doações eleitorais.
Verificou-se uma intensa movimentação financeira na conta bancária de Marcelo, cujo somatório entre receita bruta e rendimentos declarados em seu Imposto de Renda está muito abaixo da movimentação financeira apurada pelo Coaf.
Diante disso, o MP Eleitoral destaca a necessidade de zelar pela transparência e lisura no financiamento de campanhas eleitorais. Por isso, faz-se necessário o aprofundamento da investigação financeira relativa a Marcelo Piccini Geller, pois, só assim, poderá ser descartada a hipótese que os recursos tenham origem em fonte vedada, como, por exemplo, por pessoas jurídicas.
O MP Eleitoral aguarda agora a decisão da Corregedoria Regional Eleitoral de Mato Grosso na Ação de Investigação Judicial Eleitoral. Ao final, se julgada procedente pelo Pleno do TRE/MT, além da cassação do mandato, Neri Geller pode ter seus direitos políticos suspensos por até oito anos.
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