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POLÍTICA & PODER Terça-feira, 08 de Outubro de 2019, 08:54 - A | A

Terça-feira, 08 de Outubro de 2019, 08h:54 - A | A

PROPINA

R$ 38 milhões foram gastos na nas eleições da Mesa Diretora da AL, revela Riva

Redação

 

Na proposta de delação premiada junto ao Ministério Público Estadual (MPE), o ex-deputado estadual José Geraldo Riva revela que todas as eleições da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso foram ‘compradas’ desde 1995, e que teria sido pago R$ 38 milhões a deputados e ex-deputados em forma de propina.

 

Riva contou à promotora Ana Cristina Bardusco, chefe do Grupo Especial de Atuação e Combate ao Crime Organizado, que o processo de compra das eleições, que atravessaram os governos Dante de Oliveira, Blairo Maggi e Silval Barbosa, custou R$ 38 milhões. No documento, Riva afirma que fez pagamentos de propina sob o argumento de “manter-se na governabilidade”.  

 

Na eleição de 1997 a 1999 teriam sido gastos R$ 2 milhões. Nessa “o colaborador foi eleito Presidente e Romoaldo Junior, 1º Secretário, e o valor utilizado foi pago com recursos desviados da ALMT”. Onze deputados teriam recebido cada, a quantia de R$ 150 mil e posteriormente houve acréscimo que elevou para R$ 200 mil.

 

De 1999 a 2001 ele aponta que houve um aumento nos valores anuais que, resultou então no salto para a quantia de R$ 200 mil e R$ 250 mil, sendo que o total da arrecadação para a eleição da mesa era de R$ 3 milhões. José Riva nessa época restou por ser o presidente e o ex-deputado Humberto Bosaipo, 1° secretário. Nesse evento cada valor teria sido levantado junto às empresas factorings, “notadamente aquelas pertencentes ao Sr. João Arcanjo Ribeiro”, diz trecho da proposta.

 

De 2001 a 2003, Riva voltou a ser eleito no cargo de 1° secretário, cujo o custo da propina para a Mesa Diretora seria de R$ 3 milhões divididos em parcelas de R$ 250 mil do referido favor.

 

Em cada eleição nos biênios 2005-2007 e 2007-2009, foram pagos aproximadamente R$ 4 milhões. Conforme Riva, esses recursos foram levantados junto à factoring do empresário Valdir Piran e seu irmão Valcir Piran. Neste período, Riva ocupou cargo na primeira-secretaria.

 

No biênio 2009-2011, Riva - eleito presidente - afirma que levantou junto com o Sergio Ricardo, primeiro-secretário, R$ 4 milhões com diversas factorings. Na ocasião, a propina era de R$ 300 mil a R$ 350 mil por parlamentar, diz. 

 

No biênio 2011-2013, o ex-parlamentar revela que foram gastos aproximadamente R$ 5 milhões, pagos a 12 parlamentares.  

 

Já na eleição de 2015, Riva - já fora da Assembleia - disse que teve conhecimento de uma negociação com deputados envolvendo dinheiro, mas não soube especificar o valor. Segundo Riva, até imóveis foram entregues a dois parlamentares em troca de voto.

 

 

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