As exportações brasileiras de carne de frango — incluindo cortes in natura e produtos processados — alcançaram 393,4 mil toneladas em maio, conforme dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O volume representa uma queda de 12,9% em relação ao mesmo mês de 2023, quando foram embarcadas 451,6 mil toneladas.
Em termos de receita, o país registrou US$ 741,1 milhões em maio, valor 9,5% menor que o total de US$ 818,7 milhões obtido no mesmo período do ano anterior.
De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, o recuo é consequência direta das suspensões aplicadas por cerca de 20 mercados internacionais, entre eles importantes destinos da proteína brasileira. “Mesmo com essas barreiras, os embarques se mantiveram próximos das 400 mil toneladas, indicando que o setor tem conseguido redirecionar a produção para outros mercados, garantindo fluxo no comércio exterior”, avalia Santin.
Ainda assim, o acumulado do ano aponta crescimento. De janeiro a maio, o Brasil exportou 2,256 milhões de toneladas de carne de frango, alta de 4,8% frente ao mesmo período de 2023. Em valores, o setor faturou US$ 4,234 bilhões, aumento de 10,18% na comparação com os cinco primeiros meses do ano passado.
Principais destinos e variações
Entre os países que mais influenciaram o desempenho negativo de maio estão:
- China: 35,8 mil toneladas (-28%)
- África do Sul: 25,5 mil toneladas (-20,5%)
- México: 16,6 mil toneladas (-18,8%)
Por outro lado, as exportações para a União Europeia cresceram 46,2%, com embarques de 24,8 mil toneladas no mês.
“A queda já era projetada, especialmente após a autossuspensão de exportações devido ao foco de influenza aviária. Apesar disso, a rápida resposta do setor e o redirecionamento das cargas demonstram a resiliência e a flexibilidade da cadeia produtiva brasileira”, conclui Santin.
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