A figura imponente de Vasyl Malyuk, o poderoso chefe do Serviço de Segurança da Ucrânia, emerge dos dois ataques que em dois dias humilharam a Rússia. Aos 42 anos, ele supervisionou, ao lado do presidente Volodymyr Zelensky, o planejamento e a execução da audaciosa Operação Teia de Aranha, que destruiu um terço da frota de bombardeiros russos, e da explosão da Ponte da Crimeia, símbolo da anexação do território ucraniano.
Há dois anos no comando do SBU, Malyuk é visto como herói em seu país e deu seu nome a um tipo de drone marítimo utilizado pela agência. Foi condecorado como altruísta no mês passado pelo presidente, em contraste com as designações de terrorista e criminoso de guerra atribuídas a ele pelo Kremlin.
Ele consolida, ao mesmo tempo, seu papel como artífice na frente da guerra e na da paz, integrando a equipe enviada para Istambul nas duas rodadas de negociações diretas com a Rússia.
No domingo, o chefe da principal agência de segurança interna do país detalhou a bem-sucedida operação que atingiu simultaneamente quatro bases aéreas militares russas em três fusos horários diferentes, arquitetada durante um ano e meio. Veja mais detalhes do ataque aqui.
Drones foram transportados em caminhões para a Rússia, escondidos em telhados de casas móveis, que se abriram após serem acionados remotamente. “Este não foi apenas um golpe devastador contra aeronaves inimigas, mas um sério tapa na cara do poder e da essência terrorista da Federação Russa”, postou no Telegram.
No dia seguinte, a estratégica ponte que liga a Rússia à Crimeia foi seriamente danificada, pela terceira vez em três anos, após a detonação de 1.100 quilos de explosivos subaquáticos. O chefe da SBU se mostrou satisfeito:
“Deus ama a Trindade, e sempre terminamos o que começamos”, assegurou, em alusão aos ataques de 2022 e 2023 à ponte, que, no seu entender, é considerada alvo por transportar tropas russas.
Malyuk ingressou no SBU em 2001, onde ascendeu sob a reputação de ser leal e incorruptível. A anexação da Crimeia, em 2014, incrementou seu perfil militar. Ao ser nomeado, em fevereiro de 2023, como chefe do SBU, declarou: “A morte é a única perspectiva que podemos oferecer aos ocupantes”.
Aos inimigos, ele demonstra ser implacável. Em fevereiro, o chefe do SBU prendeu e exibiu como troféu um espião russo, infiltrado na agência como chefe do centro antiterrorista de Kiev: Dmytro Kozyura foi qualificado como dedo-duro e traidor, suspeito de espionar para a Rússia em 14 ocasiões, na operação que levou o nome de Rato.
“Tivemos que conviver com ele para conseguir documentá-lo passando informações para os russos”, afirmou Malyuk, que supervisionou a investigação. Traição é crime inafiançável e sujeito à prisão perpétua.
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