As lavouras de trigo no Rio Grande do Sul seguem em bom desenvolvimento, mas a preocupação dos produtores está voltada para o risco de doenças, principalmente a giberela, devido à alta umidade registrada na última semana. De acordo com a TF Agroeconômica, 10% das áreas já estão em enchimento de grãos, 20% em florescimento e 70% em desenvolvimento vegetativo. Além disso, há previsão de risco moderado de geadas na madrugada de sexta para sábado.
No mercado, o trigo disponível no RS apresenta lentidão, reflexo da posição confortável dos moinhos e da baixa oferta de cereal. As indicações de compra estão em R$ 1.250,00 no interior, enquanto as ofertas de venda giram em torno de R$ 1.300,00, para retirada em setembro e pagamento em outubro. No mercado futuro, negócios pontuais foram registrados para moinhos do Paraná entre R$ 1.150,00 e R$ 1.160,00. Já no porto de Rio Grande, os preços de exportação para dezembro ficaram em R$ 1.225,00, com possibilidade de entrega de trigo de ração com deságio de 20%. O preço da pedra em Panambi caiu para R$ 69,00 a saca.
Em Santa Catarina, o mercado de trigo diferido continua parado, levando moinhos locais a buscar abastecimento no RS, com negócios relatados a R$ 1.300,00 FOB. Os preços pagos aos produtores catarinenses recuaram pela quinta semana consecutiva em algumas praças, como Canoinhas (R$ 75,00/saca), enquanto em Xanxerê houve alta de R$ 2,00, chegando a R$ 77,00/saca.
No Paraná, a colheita do trigo novo já começa a dar forma ao mercado. As ofertas variam entre R$ 1.400,00 e R$ 1.450,00 FOB, mas compradores se mostram mais restritos. Há registros de negócios no Sudoeste a R$ 1.300,00 FOB e na região de Curitiba entre R$ 1.450,00 e R$ 1.470,00 CIF moinhos. O trigo importado também aparece como opção, com o paraguaio em US$ 258 posto Ponta Grossa e o argentino entre US$ 270 e US$ 274 posto Antonina. Os preços pagos aos agricultores subiram 2,16% na semana, alcançando média de R$ 74,63/saca, valor que cobre exatamente o custo de produção estimado pelo Deral.
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