Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em baixa nesta quinta-feira, com um movimento de liquidação de posições compradas, de acordo com informações da TF Agroeconômica. “Apesar de fundamentos altistas, como a perspectiva de estoques apertados nos Estados Unidos, a percepção de que o mercado está sobrecomprado levou fundos de investimento a vender contratos. Em abril, a soja ainda acumula valorização de aproximadamente 5%. O vencimento julho da oleaginosa recuou 11,50 cents (0,76%), para US$ 15,0225 por bushel”, comenta a consultoria.
O desempenho do óleo de soja, que caiu mais de 2% com embolso de lucros, também pesou sobre as cotações. “Os preços do derivado vêm subindo com força e acumulam ganho de quase 18% em abril. Karl Setzer, da AgriVisor, disse em comentário diário que as margens para fabricantes de biodiesel começaram a melhorar”, completa.
Isso está resultando em maior demanda por óleo de soja, uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. “De acordo com Setzer, esmagadoras nos EUA estão pagando um prêmio pelo grão. Os futuros de soja caíram apesar de dados de vendas externas dos Estados Unidos que vieram acima da expectativa do mercado. O Departamento de Agricultura do país (USDA) disse que exportadores venderam 292,5 mil toneladas de soja da safra 2020/21 na semana encerrada em 22 de abril”, indica.
“O volume é significativamente maior que o da semana anterior e a média das quatro semanas anteriores. Para a temporada 2021/22, foram vendidas 439 mil toneladas. A China comprou 260,5 mil toneladas do volume total, de 731,5 mil toneladas. Analistas esperavam vendas totais entre 150 mil e 550 mil toneladas”, conclui.
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