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BRASIL Segunda-feira, 27 de Novembro de 2017, 17:11 - A | A

Segunda-feira, 27 de Novembro de 2017, 17h:11 - A | A

TUCANATO

Alckmin sobre chefiar PSDB: 'Se unir, avaliarei'

O Globo

Reprodução

 

Após a revelação, pelo GLOBO, de que o senador Tasso Jereissati (CE) e o governador de Goiás, Marconi Perillo, devem abrir mão de suas candidaturas à presidência do PSDB em favor de Geraldo Alckmin, o governador de São Paulo admiitiu publicamente a possibilidade de comandar o partido. Alckmin confirmou que se encontrará ainda nesta segunda-feira com Jereissati e Perillo para discutir a sucessão tucana. Faltam duas semanas para a convenção nacional do PSDB, marcada para 9 de dezembro.

— Nunca me coloquei como pré-candidato. Se puder ajudar a unir o partido, vamos avaliar — disse o governador, ao deixar evento de entrevistas organizado pela revista "Veja" em São Paulo.

Há cerca de 15 dias, um movimento ganhou corpo no PSDB para encontrar uma terceira via para presidente do partido. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi um dos primeiros a defender Alckmin como uma opção para pacificar a disputa interna entre Tasso e Perillo. O governador, entretanto, tem evitado admitir que é alternativa nessa sucessão para não melindrar ainda mais o tucanato. Mas nos bastidores ele foi convencido por auxiliares de que o melhor a fazer é assumir o comando do PSDB, se quiser assegurar que será o candidato à Presidência da República em 2018.

Nesta tarde, o governador afirmou que chegar à presidência do PSDB não é sonho dele.

— Nunca me passou pela cabeça ser presidente do partido. Mas vamos aguardar esse encontro.

Alckmin disse também não ver incompatibilidade entre presidir o PSDB e disputar prévia para presidenciável em 2018.

— O Aécio foi escolhido candidato à Presidência em 2014 e era presidente do PSDB. A direção nacional não interfere nesse processo.

Mais cedo, o prefeito João Doria disse nesta manhã que Alckmin é um nome "pacificador" dentro do partido mas evitou apoiá-lo como alternativa para a presidência do PSDB.

— Defendo o que for melhor para o PSDB. O governador Alckmin é um nome importante e pacificador dentro do partido. Mas o diálogo evoluiu muito na última semana entre os dois candidatos (Tasso Jereissati e Marconi Perillo). Até a próxima semana, teremos uma solução pacificadora e única para o PSDB, não excluindo essa hipótese (candidatura de Alckmin) - afirmou Doria.

Perguntado por que não se posiciona de forma clara sobre a disputa interna como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que defendeu Alckmin para o comando do partido, Doria disse que tem "prudência".

— Não é ficar em cima do muro nem medo. Tenho prudência.

 

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