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BRASIL Sexta-feira, 03 de Outubro de 2025, 08:18 - A | A

Sexta-feira, 03 de Outubro de 2025, 08h:18 - A | A

Pressão do agro

Após vitória em isenção do IR na Câmara, governo mira aprovação da MP da arrecadação

R7

Após celebrar vitória com aprovação na Câmara do projeto de isenção do IR (Imposto de Renda), o Planalto centra esforços para costurar apoio à MP (Medida Provisória) da Arrecadação.

A medida foi editada em junho para substituir o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), mas tem sido alvo de resistência no Congresso e chegou a ter duas votações adiadas por pressão do agronegócio.

O texto propõe aumentos de taxas financeiras, como as letras de crédito LCI (imobiliário) e LCA (agronegócio), juros sobre capital próprio e apostas esportivas, com uma expectativa de arrecadação de R$ 52 bilhões.

A maior dificuldade de negociações dentro do Congresso está concentrada na LCI e LCA. Atualmente, as duas letras de crédito são isentas de impostos, mas há intenção de aumentar a alíquota de tributação a 7,5%, conforme indica o relator, deputado Carlos Zarattini (PT-SP).

A bancada do agronegócio defende que as letras sigam isentas, por considerar que uma mudança poderia impactar investimentos ao setor agrícola, enquanto a equipe econômica questiona a falta de tributação de investimentos.

“O ponto crítico é o que afeta o agronegócio. A tributação de 7,5% da LCA e LCI é um assunto sensível. Consideramos voltar a 5%, até outros números, e estamos abertos a negociar”, garantiu Zarattini ao anunciar o primeiro adiamento de votação da MP, na última terça-feira (30).

Conforme apurou o R7, ainda não há acordo em relação ao texto. O presidente da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), deputado Pedro Lupion (PP-PR), mantém posição contrária a qualquer cobrança ligada às cartas de crédito, e o próprio governo confirma movimento para negociar a continuação da MP.

“Estamos discutindo, estamos conversando, a MP deve ser votada na semana que vem. Tenho certeza de que, com diálogo, a MP vai avançar”, afirmou a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

MP pode ‘caducar’

A MP perde a validade na quarta-feira (8) e precisa passar por três votações entre parlamentares até essa data, sob risco de não ser implementada. A primeira votação, em uma comissão mista, foi adiada duas vezes, por pressão do agronegócio.

Com as mudanças, a nova previsão é de análise na comissão na próxima terça-feira (7). Se aprovada, a MP seguirá para a Câmara e o Senado.

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