Ao radicalizar seu discurso sobre a pandemia, o presidente Jair Bolsonaro torna a vida dos governistas mais difícil na CPI da Covid e prejudica a estratégia de defesa do governo na comissão. A avaliação é de senadores governistas feita ao blog depois que o presidente chamou de "idiotas" aqueles que ficam em casa para evitar o vírus.
"O presidente é incontrolável, infelizmente, e radicalizando o discurso sobre a pandemia ele dá munição para oposição na CPI e torna a nossa vida dentro da comissão muito mais difícil, prejudicando a nossa estratégia de defesa do governo", disse ao blog reservadamente um senador governista.
A equipe presidencial, por sinal, avalia que esta pode ser a semana de maior desgaste para o governo na CPI, com os depoimentos dos ex-ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Eduardo Pazuello (Saúde). E, por isso, o presidente, dizem auxiliares, opta pelo caminho do confronto.
"Nós avaliamos que era melhor evitar esse tipo de tom radical, mas esse é o estilo do presidente, ele não vai mudar, principalmente diante da convicção de que não irá conseguir reverter a desvantagem dentro da comissão", disse ao blog um auxiliar presidencial.
Segundo assessores presidenciais e aliados na CPI da Covid, esta primeira fase da comissão será sempre de desgaste para o Palácio do Planalto, com depoimentos que acabam sendo usados para mostrar os erros do governo no enfrentamento da pandemia. Apenas numa segunda fase, quando começarem as investigações sobre o uso de verbas federais pelos governadores, é que os governistas esperam "equilibrar o jogo".
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