O ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a abertura de um inquérito para investigar o ex-presidente Jair Bolsonaro e 23 aliados por suspeita de irregularidades relacionadas à pandemia de Covid-19. A apuração tem como base o relatório final da CPI da Covid, concluída em 2021.
Entre os alvos da investigação, estão três filhos do ex-presidente — o senador Flávio Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro —, além das deputadas federais Carla Zambelli e Bia Kicis, e ex-integrantes do governo, como os ex-ministros Onyx Lorenzoni, Ernesto Araújo e Ricardo Barros.
Na decisão, Dino apontou que há elementos suficientes para a instauração do procedimento e fixou prazo inicial de 60 dias para a Polícia Federal conduzir as diligências, incluindo oitivas dos investigados.
O ministro destacou não apenas a suspeita de incitação da população a adotar medidas contrárias ao combate à pandemia, mas também possíveis crimes contra a administração pública identificados pela CPI, como fraudes em licitações, superfaturamentos, desvio de recursos e contratos firmados com empresas de fachada.
O relatório final da CPI, entregue em 2021, pediu o indiciamento de Bolsonaro por nove crimes e apontou responsabilidade de outras 65 pessoas. À época, o então presidente negou todas as acusações e classificou o documento como “absurdo”.
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