O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), disse que irá propor ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), uma mudança no regimento para permitir o corte de salário de parlamentares que permanecem fora do país por longos períodos, como é o caso do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Em entrevista ao Estúdio I nesta quinta-feira (9), questionado sobre os pagamentos feitos ao gabinete de Eduardo, que está nos Estados Unidos desde o início do ano, Sóstenes disse que a ideia de criar uma nova regra é "uma boa proposta" e se afirmou que a levará adiante.
"Ainda hoje estarei com o presidente Hugo Motta propondo essa alteração regimental", afirmou o líder do PL.
O deputado entrou com o pedido de alteração para permitir o corte de salário em 1º de julho.
Sóstenes explicou que, pelas regras atuais, não há como cortar a remuneração do deputado. Segundo ele, Eduardo Bolsonaro já cumpriu o período de licença não remunerada a que tinha direito e, por isso, não há um mecanismo que permita a suspensão do salário atualmente.
"Não há espaço regimental para isso. Nós teríamos que fazer uma alteração regimental", disse.
A alteração sugerida por Sóstenes permitiria que, após o período de licença padrão, o parlamentar pudesse continuar fora do país, desde que sem receber o salário.
O líder do PL disse acreditar que o próprio Eduardo Bolsonaro concordaria com a medida. "Eu tenho convicção que o deputado Eduardo Bolsonaro abriria a mão [do salário], se houvesse possibilidade, que hoje não há no regimento, para que ele possa fazê-lo dessa forma", declarou.
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