O presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu não comentar publicamente a obstrução de parlamentares da oposição à pauta do Congresso Nacional.
O R7 apurou que a determinação não partiu de assessores nem de pessoas próximas a Lula — foi uma decisão do próprio petista.
O Legislativo foi ocupado por deputados e senadores de oposição ao petista entre segunda (4) e quarta-feira (6), em protesto após o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinar prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Desde o início do movimento, Lula teve ao menos quatro oportunidades para comentar o assunto, mas optou pelo silêncio.
Na terça de manhã, o presidente discursou por uma hora na 5ª plenária do CDESS (Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável), o Conselhão.
De tarde, o presidente participou de reunião do Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional) e falou por quase 40 minutos.
Na quarta, ele deu entrevista à agência internacional Reuters e, à noite, recebeu parte do elenco e da produção do filme O Agente Secreto, para a primeira exibição do longa no Brasil.
Punições
Os partidos governistas PT, PSB e PSOL acionaram a Mesa diretora da Câmara dos Deputados nessa quinta (7), pedindo a suspensão de seis meses dos mandatos de cinco deputados do PL que participaram da ocupação do plenário da Casa.
“A ação [de ocupação] foi premeditada, coordenada e executada com o intuito de obstaculizar o regular exercício do Poder Legislativo, valendo-se do uso de força física, correntes, faixas, gritos e objetos simbólicos, como adesivos na boca, compondo uma encenação de ‘censura’ que distorce e subverte o debate democrático”, alegam os partidos.
Os deputados citados, que teriam quebrado o decoro, são: Júlia Zanatta (PL-SC), Marcel van Hattem (PL-RS), Marcos Pollon (PL-MS), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Zé Trovão (PL-SC).
O grupo argumenta que Júlia impediu o funcionamento do plenário quando se sentou na cadeira da Presidência com sua filha, de 4 meses, no colo. Para os governistas, a parlamentar usou a criança como “escudo” e a “expôs”.
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