O governador Mauro Mendes cobrou, durante sua participação na COP 30, em Belém, que os países ricos cumpram as promessas feitas há mais de 30 anos nas conferências climáticas, com financiamento das ações de preservação das florestas tropicais.
Mauro apontou hipocrisia dos países desenvolvidas nas políticas ambientais e de querer transferir aos países em desenvolvimento toda a responsabilidade pela preservação ambiental. Para Mendes, há uma enorme diferença entre o que essas nações dizem e o que realmente fazem.
“Chega de deixar gringo apontar o dedo pra quem faz certo. Os países ricos continuam usando xisto e queimando carvão e petróleo, enquanto aqui em Mato Grosso a gente preserva 60% do território e ainda alimenta o mundo. Produzimos, exportamos e garantimos segurança alimentar para milhões de pessoas, e sem abrir mão da nossa floresta. Esse é o nosso recado aqui na COP 30”, afirmou Mauro.
O governador destacou que o Brasil deve proteger suas florestas e recursos naturais, mas sem aceitar ser tratado como o “culpado” da crise climática global. “Se querem apontar o dedo, comecem fazendo 1% do que fazemos. E ajudem a financiar toda esse preservação, que custa muito caro. Temos que cuidar do que é nosso, mas dentro da nossa lei. Sempre defendi punições severas a quem desrespeita o Código Ambiental. Agora, o que não dá é aceitar que países ricos que poluem o planeta há séculos venham ditar regras aqui”, pontuou.
O governador defendeu uma postura mais nacionalista e equilibrada diante das questões ambientais, dizendo que o país precisa “de menos ideologia e mais bom senso”.
“Precisamos de patriotismo e coragem para fazer o que é bom para os brasileiros, inclusive para as comunidades indígenas. Não dá para achar que uma estrada de lama e poeira é mais sustentável que um asfalto que traz segurança e qualidade de vida”, completou.
Sobre a expectativa de captação de recursos e parcerias financeiras durante a COP30, Mendes afirmou que está disposto a dialogar e ouvir propostas que realmente contribuam para o fortalecimento das ações ambientais no estado. “Se houver uma proposta decente, que nos ajude de verdade e não venha explorar nossa imagem ou impor condições injustas, nós vamos aproveitar ao máximo. Se for um dinheiro sério e honesto, vamos com certeza tirar o melhor proveito.”
Mauro ainda chamou atenção para os entraves burocráticos que impedem o uso sustentável dos recursos naturais no Brasil, burocracia essa que usa a falsa alegação de defesa ambiental.
“Quanto custa ficar 15 anos esperando uma licença para uma mina de potássio no Amazonas, essencial ao agronegócio e à segurança alimentar do planeta? Quanto custa não termos a Ferrogrão ligando o Norte de Mato Grosso ao Pará, enquanto os caminhões queimam óleo diesel? E ainda querem dizer que isso é um atentado ao planeta? Atentado é a mentira que eles contam há décadas”, criticou.
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