O MPE (Ministério Público Estadual) abriu inquérito civil para apurar a suspeita de nepotismo na gestão do prefeito cassado de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB). A investigação da promotoria de Justiça de Várzea Grande é contra a esposa e da irmã do vereador Waldir Bento (PMDB)
A esposa Jacqueline Bianchini Carvalho Miliosi ocupava o cargo em comissão de subsecretária de Atenção Básica – DGA (Direção Geral e Assessoramento) nível 2, o que lhe garantia um salário de R$ 5 mil. O cargo exercido foi o de diretora de Atenção Básica – setor ligado a Secretaria de Saúde de Várzea Grande, a partir 18 de janeiro de 2013. Para desempenhar a função, Jacqueline recebia remuneração mensal de R$ 5 mil. No entanto, após a sua nomeação ser alvo de denúncia perante o Ministério Público, foi exonerada em 01 de julho de 2014.
O Ministério Público também instaurou inquérito civil para investigar suposta prática de nepotismo referente à nomeação da irmã de Waldir Bento, Waldirene Gonçalina da Costa em cargo comissionado na Prefeitura – também na gestão Walace.
Conforme a denúncia, Waldirene era servidora comissionada na Secretaria municipal de Educação, desde o início da gestão de Walace Guimarães (PMDB). Ela foi exonerada do cargo em 30 de abril deste ano.
A prática de nepotismo contraria os princípios da moralidade, impessoalidade, isonomia e eficiência. Além disso, o nepotismo fere os princípios da Súmula Vinculante 13 do Superior Tribunal Federal (STF). “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da união, dos estados, do distrito federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal” diz trecho da súmula.
Caso as denúncias sejam comprovadas, o MPE deve ingressar com ação de improbidade administrativa contra os servidores envolvidos e o ex-prefeito Walace Guimarães.
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