Os técnicos André Luiz Teixeira Santos (arquiteto) e Taisa Idalino da Silva (contadora) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizaram vistoria de rotina nas obras de revitalização do Complexo Turístico da Salgadeira, situado na rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251). O trabalho de acompanhamento ocorre quando as construções possuem investimentos do banco. Atualmente a revitalização do espaço está com 25% execução. O custo da obra é de R$ 12,6 milhões.
Os técnicos da instituição vieram do Rio de Janeiro para vistoriar o local na tarde desta terça-feira (21.11). O Secretário de Estado das Cidades (Secid-MT), Wilson Santos, equipe de engenheiros da secretaria, empresa Concremax Concreto e Engenharia LTDA, responsável pela obra e técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT) também acompanharam a visita.
A reforma do complexo está inserida no Programa de Desenvolvimento Sustentável de Turismo (Prodestur), que recebeu do BNDES R$ 6,5 milhões para os serviços, que foram retomados após sete anos de interdição da Salgadeira.
Pela primeira vez no canteiro de obras do complexo, os técnicos percorreram todos as frentes de trabalho no local. De acordo com a contadora Taisa Idalino, além de acompanhar a obra física, também são inspecionados documentos referentes à obra. “É uma visita muito técnica. Pela primeira vez estamos visitando os serviços que são executados aqui e também vamos ver e evolução físico financeira, cronograma da obra e estamos esperançosos para que até março, o local seja inaugurado, conforme está previsto”, explicou.
O secretário Wilson Santos, que se licenciou do cargo temporariamente nesta semana, vê a visita como positiva ao Estado e enfatiza que sem a parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social não seria possível a conclusão dos trabalhos na Salgadeira e em demais obras com investimentos do banco. “Essa visita ‘in loco’ é de extrema importância para o Governo de Mato Grosso. O BNDES tem sido parceiro nessa obra, com R$ 6,5 milhões. Mas tem contribuído em um plano muito maior que é o empréstimo de R$ 250 milhões para obras de infraestrutura turística. Sem o apoio de um banco desse porte não seria possível tal investimento no Estado. Quero agradecer a visita e convidá-los para, em breve, vir descerrar a placa de inauguração conosco”, enfatizou Santos.
HISTÓRICO
O local foi interditado em 2010 por determinação judicial, devido à detecção de inúmeras irregularidades ambientais, dentre elas, o risco de acidentes com banhistas por possíveis desabamentos da encosta da cachoeira e resíduos a céu aberto. As obras de revitalização foram iniciadas pela primeira vez em 2014, com previsão de entrega até a Copa do Mundo e paralisadas devido a inconsistências de projeto. Acabaram retomadas em 2016, mas suspensas novamente com o término do contrato.
O projeto em questão prevê a construção no complexo de estacionamento, guarita, posto policial, locais para instalação de lojas, restaurantes, centro dedicado ao turista, espaços para trilhas e passeios, banheiros e estações para coleta e tratamento de água e esgoto. Somando a isso, uma passarela metálica ligará os dois lados do complexo, travessando a rodovia MT-251. No total, serão mais de 10 mil itens trabalhados no complexo turístico.
Apesar das melhorias, a revitalização prevista atualmente está focada em reformar o local com vistas a contemplação da natureza, proibindo a abertura do espaço a banhistas. Porém, para garantir que a tradição de banho no local não se perca, o Governo do Estado, por determinação do governador Pedro Taques, e o Ministério Público acordaram no Termo de Ajustamento de Conduta a realização de estudos para garantir o uso do local como balneário. Essa avaliação ocorre com apoio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
De acordo com o secretário Wilson, técnicos da Secretaria das Cidades estão produzindo estudos preliminares que possibilitam o banho na Salgadeira, porém de forma controlada, não mais de maneira indisciplinada como no passado. “Haverá banho. O governador Pedro Taques determinou e estamos estudando medidas, junto ao Ministério Público do Estado, para garantir o banho na Salgadeira. Não será mais no mesmo local onde há a cachoeira, mas os turistas e a população poderão se refrescar no local”, afirmou Santos, que uma solução será divulgada nos próximos meses. O TAC, assinado com o MPE de Mato Grosso, fixa um prazo de até um ano para finalização dessas avaliações.
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