O secretário de Estado da Agricultura Familiar, Silvano Amaral, comemorou os últimos investimentos disponibilizados pelo governo ao setor. Segundo ele, a parcela é ‘grandiosa’, o que possibilitou importantes investimentos aos produtores de modo geral, fomentando de forma impactante na produção de alimentos.
“O Governo do Estado tem feito a sua parte. Só pelo programa Mais MT os investimentos passam de R$ 200 milhões. No ano passado foram liberados recursos e mais serão, ou seja, são investimentos grandiosos, nunca antes vistos”, disse ao Notícia Max.
Ainda durante a entrevista, o gestor destacou a parceria recém-formada com a Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), através da distribuição de mais de 40 mil toneladas de calcário para os agricultores e a perfuração de poços artesianos.
Notícia Max - Como a Seaf está auxiliando os pequenos agricultores com os impactos da pandemia?
Sabemos que a perfuração dos poços nos assentamentos é um grande gargalo, demanda a ser resolvida, porém não é fácil
Silvano Amaral - Em termos de ajuda, inclusive em relação ao impacto causado, temos o PAA – Programa de Aquisição de Alimentos, que já lançamos cerca de três milhões de alimentos e deve seguir até o final do ano. Devemos lançar nos próximos dias, assim que o projeto encorpar, mais três milhões, sendo esta uma forma da gente ajudar na aquisição, pois muitos produtores tiveram dificuldades em vender seus produtos. Tivemos restaurantes fechados, bancas de hot dog, ou seja, as pessoas acabaram consumindo menos, vendendo menos e tendo dificuldades. Muitas vezes o produto da agricultura familiar não se encaixa dentro da cesta básica, pois são produtos perecíveis. Então, o PAA são R$ 6.500 que podem ser por 12 meses por trabalhador, agricultor ou propriedade. São projetos que a gente está colocando à disposição para poder dar uma amenizada na situação da venda do produto.
Notícia Max - A Seaf tem trabalhado em parceria com a Metamat, seja na questão da perfuração de poços, como também na questão do calcário. Como estão as conversações e já há municípios beneficiados com essa ação conjunta?
Silvano Amaral - O que nós estamos fazendo de fato hoje é a questão da recuperação do solo na distribuição de calcário. Nós temos uma ação em andamento tanto na Metamat, quanto na Seaf, colocar à disposição dos agricultores, em parceria com as cooperativas, e as associações e prefeituras acabam fazendo o frete deste produto e o Estado coloca ele na indústria e a gente faz essa distribuição em Mato Grosso. Acredito que em 2019, 2020 e até agora, a Seaf e a Metamat através do Governo do Estado de Mato Grosso temos já distribuídos mais de 40 mil toneladas de calcário e o frete por conta das prefeituras e produtores, dando essas condições de melhorias, especialmente para as pastagens.
Já os poços artesianos têm em andamento aquisição de uma perfuratriz que vai nos dar condições para colocar em prática no ano que vem. Sabemos que a perfuração dos poços nos assentamentos é um grande gargalo, demanda a ser resolvida, porém não é fácil, pois tem a questão da regularização mundial que precisa ser resolvida, pois não dá para fazer poços, tem que ter todo controle ambiental. Também outorga da água que é uma necessidade do Ministério de Minas e Energia e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), sendo feito de forma muito eficiente e controlada. Mas está no radar, a Matemat tem feito investimentos de cerca de R$ 3 milhões para compra desse equipamento e eu acredito que nós vamos avançar bastante nos próximos anos devido a grande demanda que precisa ser resolvida.
Eu e o presidente Juliano Jorge estamos sempre conversando sobre esse assunto, pois essa questão da perfuração e mineração é uma questão que nasce da Metamat e temos uma parceria muito boa.
Notícia Max - Mato Grosso reforçou o programa de aquisição de alimentos da agricultura familiar, O que essa ação representa para o setor?
Silvano Amaral - É uma ação de um programa que já existe há alguns anos já, mas a sua importância é justamente pela dificuldade do produtor de vender, colocar no mercado, sem chances de gerar um estoque por ser perecíveis. O PAA é justamente para amenizar a questão da produção, que adquirida dentro desse programa é doada dentro do próprio município para as entendidas filantrópicas e merenda escolar.
Notícia Max - Um dos entraves na agricultura familiar é a questão técnica, a assistência técnica. O que a Seaf tem feito quanto a isso?
Silvano Amaral - Temos uma dificuldade em fazer essa questão da assistência técnica. A Empaer está com a gente, para que possamos dar uma nova roupagem, que independente desse processo de revitalização, novos encaminhamentos com a Empaer, temos fechamos muitos apoios com as prefeituras. O Estado tem feito parcerias em termos de cooperação, onde há apoio com recursos para fortalecer agricultura familiar dentro das secretarias. Mas queremos em breve fazer um novo encaminhamento dentro das assistências técnicas que seja mais presente nas propriedades, pois eu percebo que as vezes as pessoas ficam muito nas palestras, na capacitação do treinamento, que é muito importante, mas eu acredito que temos que estar na ponta, na roça, porque é no dia a dia que a pessoa aprende. Acredito que a presença na propriedade é indispensável, aproxima muito.
Notícia Max - Como o senhor analisa hoje os incentivos por parte do governo estadual aos médios e pequenos produtores?
Silvano Amaral - Nós nunca tivemos, em investimentos, uma ação tão intensa como agora. Para se ter uma ideia, temos dinheiro, recursos e estamos com dificuldades em comprar, porque os volumes são grandes. Recentemente perdemos um contrato da agricultura familiar de 31 tratores. A empresa veio aqui e pediu a rescisão do contrato, pois ela não tinha condições de fornecer, ou seja, estamos com dificuldades em comprar equipamentos. O governo tem incentivado bastante no quesito de tecnologia, como é o caso do embrião, sêmen, mecanização, pois os temos mudaram e não há mais condições de plantar como antigamente, modelo tradicional, e hoje temos equipamentos para isso, máquinas de última geração para que ele possa produzir mais, com qualidade, o Governo do Estado tem feito a sua parte. Só pelo programa Mais MT os investimentos passam de R$ 200 milhões. No ano passado foram liberados, ou seja, são investimentos grandiosos, nunca teve tantos investimentos.
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