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ECONOMIA Quinta-feira, 13 de Novembro de 2025, 14:47 - A | A

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mercado de trabalho

Jovens de Mato Grosso têm a menor taxa de desemprego do país, aponta estudo

De acordo com o levantamento, a maior parte dos jovens são mulheres, cerca de 52%. Do total, 44% da juventude no estado possui ensino médio completo

Da Redação

 

O Observatório de Mato Grosso, em parceria com o Senai MT, lançou a publicação especial “Jovens no Mercado de Trabalho em Mato Grosso”, que apresenta um panorama detalhado sobre o perfil, dinâmica no mercado de trabalho, desafios e as oportunidades da população jovem no estado.

O estudo revela que Mato Grosso tem a menor taxa de desocupação entre jovens do Brasil, de acordo com dados do 4º trimestre de 2024 levantados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, e se destaca pela baixa informalidade e alta participação da juventude no mercado de trabalho.

De acordo com o levantamento, a maior parte dos jovens são mulheres, cerca de 52%. Do total, 44% da juventude no estado possui ensino médio completo. A faixa etária considerada vai de 14 a 29 anos, sendo que 22,3% dos jovens têm entre 14 e 17 anos, 40,3% entre 18 e 24 anos e 37,4% entre 25 e 29 anos.

Mato Grosso também figura entre os estados com melhores indicadores de participação juvenil, apresentando a 4ª menor taxa de jovens fora da força de trabalho e a 7ª menor taxa de informalidade do país. Além disso, ocupa a 10ª posição nacional em proporção de jovens na população, o que reforça o papel dessa geração na economia regional.

Análise estratégica para o futuro do trabalho

De acordo com o Observatório, as transformações recentes do mercado de trabalho em Mato Grosso estão diretamente ligadas à expansão econômica, setores estratégicos que vêm gerando novas oportunidades e exigindo mão de obra cada vez mais qualificada.

Atualmente, entre os 934 mil jovens no estado, 41,9% (391 mil) estão empregados formalmente, 22,6% (212 mil) atuam na informalidade, 32,8% (306 mil) estão fora da força de trabalho e apenas 2,7% (25 mil) estão desocupados — o menor índice do país.

Esses números refletem a boa performance econômica de Mato Grosso, que também se mantém entre as três primeiras posições nacionais nas menores taxas de desocupação quando considerada a população total, consolidando-se como um dos estados com maior geração de oportunidades para a juventude.

“Os jovens representam o futuro da força de trabalho e da economia local. Entender quem são, suas qualificações e expectativas é essencial para antecipar tendências e desenvolver soluções que facilitem sua inserção no mercado. São dados que apresentam um panorama sobre o estado e principalmente podem orientar as ações voltadas à qualificação, empregabilidade e inovação”, pontua a gerente do Observatório de Mato Grosso, Vanessa Gasch.

Educação impulsiona oportunidades

O estudo reforça que a educação é um fator determinante para o crescimento profissional. Jovens que continuam estudando têm 5,7 vezes mais chances de crescer na carreira, o que evidencia a importância da qualificação para a inserção e a permanência no mercado de trabalho.

Esses dados indicam que a escolarização, especialmente a conclusão do ensino médio e, ainda mais, de curso técnico e do ensino superior, pode representar um diferencial importante para quem busca inserção qualificada e duradoura no mercado de trabalho mato-grossense.

“Os indicadores mostram um ambiente positivo para a juventude em Mato Grosso, com baixa desocupação e bons índices de formalização. Isso revela o potencial do estado em gerar oportunidades e fortalecer políticas voltadas à qualificação profissional. O Senai Mato Grosso atua justamente nesse ponto de convergência entre educação e empregabilidade, com cursos e programas de formação alinhados às demandas do setor produtivo e que preparam os jovens para o mundo do trabalho”, destaca o diretor regional do Senai MT, Carlos Braguini.

Da sala de aula ao mercado de trabalho

A trajetória de Jully Paixão, de 24 anos, mostra como a educação profissional e tecnológica pode transformar vidas e impulsionar carreiras em Mato Grosso. Formada em manutenção automotiva de máquinas pesadas pelo Senai MT e atualmente cursando Bacharelado em Ciência e Tecnologia, ela alia conhecimento técnico e inovação para construir uma carreira sólida no setor agroindustrial.

Jully iniciou como aprendiz na área de mecanização agrícola e hoje atua como analista no Centro de Operações Agrícolas (COA) do Grupo Bom Futuro, um dos maiores conglomerados empresariais do país, onde desempenha atividades que envolvem o monitoramento de máquinas e análise de alertas mecânicos e agronômicos.

“Entrei na empresa como aprendiz e, com o tempo, fui conquistando novas responsabilidades até chegar à função que ocupo hoje. A educação contínua é o que garante que possamos acompanhar as transformações do setor, aplicando o conhecimento de forma prática e estratégica para gerar resultados. Essa evolução mostra como investir em conhecimento e educação faz toda a diferença para crescer profissionalmente”, afirma Jully.

O estudo

A pesquisa tem como objetivo compreender as características socioeconômicas e profissionais dos jovens mato-grossenses, oferecendo uma visão ampla sobre sua inserção produtiva e contribuindo para o planejamento de políticas públicas e estratégias de desenvolvimento econômico sustentável.

Para a construção do estudo, foram utilizados dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O período de referência é o 4º trimestre de 2024, com um recorte específico para a população jovem (de 14 a 29 anos).

A PNAD Contínua investiga temas como ocupação, rendimento, educação, cor/raça, migração, entre outros, com base em uma amostra representativa de domicílios em todo o território nacional. A partir dessas informações, o Observatório de Mato Grosso elaborou uma análise descritiva das características dos jovens, tanto em nível nacional quanto estadual.

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