O Grupo Flor Ribeirinha, representará Mato Grosso e o Brasil no Festival Mundial de Danças de Cheonan na Coréia do Sul, no período de 21 de setembro a 1º de outubro. O grupo conta com o apoio da secretaria estadual de Cultura, Universidade Federal de Mato Grosso e da Federação Brasileira de Artes Populares/Febrarp.
O festival de Cheonan é o maior de toda a Ásia, reunindo em cada edição grupos internacionais de vários países também grupos nacionais. O grupo Flor Ribeirinha fará apresentações em Cheonan, estará presente em atividades em Seul e cidades vizinhas. A edição deste ano, acontece paralelamente ao Congresso Mundial da Federação de Festivais Internacionais de Dança, que reunirá os representantes de cerca de 60 nações.
Conforme Domingas Leonor, dirigente do Flor Ribeirinha, o grupo vai apresentar o espetáculo que mostra as culturas indígena, africana e européia. Além da origem do cururu e do siriri. “Vamos destacar a vida ribeirinha e a religiosidade do nosso povo, com o objetivo de preservar as raízes da nossa cultura popular”, disse ela.
Histórico - O grupo nasceu em julho de 1993, em São Gonçalo Beira Rio, em Cuiabá, a comunidade que foi fundada no século XVIII, no território Coxiponés. Sua presença é recordada nos traços físicos dos moradores, no ritmo e nos passos da dança. O Flor Ribeirinha não poderia deixar de trabalhar a dança típica mato-grossense, realizada há mais de 200 anos e que reflete o multiculturalismo brasileiro formado por índios, negros, portugueses e espanhóis.
Em suas apresentações, o grupo manifesta, numa coreografia variada; melodias alegres e letras que têm como mote a vida ribeirinha e as tradições religiosas. Apresenta o ritmo contagiante, harmonizado e marcado pela batida da viola de cocho, do mocho e do ganzá. O siriri é dançado e cantado por homens e mulheres em fila ou roda formada por pares que cantam e batem palmas ao ritmo rápido e forte da música. O coro é próprio da música ameríndia, com clara influência da música serena e melodiosa repleta de sentimento religioso dos colonizadores. O ritmo marcado por instrumentos de percussão é herança da música africana. O grupo foi idealizado para preservar, promover e divulgar a cultura popular e o bom desenvolvimento artístico da juventude. Com isso, o Flor Ribeirinha efetiva um trabalho de preservação do siriri, cururu e rasqueado importantes manifestações culturais de Mato Grosso, levando para outros países o brilho e riqueza da Cultura Popular brasileira.
O Flor Ribeirinha com 23 anos de existência, já participou de todos os festivais de Siriri em Mato Grosso. No ano passado, o grupo foi convidado para se apresentar no Festival de Dança de Santa Catarina; participou também em Minas Gerais, na cidade histórica de Ouro Preto, do Encontro Nacional de Danças populares. Em seguida, o grupo se apresentou no evento Goal to Brazil, em Lima no Peru, Assunción no Paraguay.
O Flor Ribeirinha é reconhecido pela sua autenticidade e importância para o cenário artístico-cultural, presente em diversos festivais, tanto no Brasil, como no exterior na França em 2014 e na Itália em 2015.
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