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cinema

'Jurassic World: Recomeço' mistura carisma de Scarlett Johansson com trama clichê

Sétimo filme da franquia, que começou com o clássico de 1993, não é tão ruim quanto demais continuações, mas ainda é bem sem graça

G1

"Jurassic World: Recomeço", sétimo filme da franquia clássica com dinossauros iniciada pelo clássico de Steven Spielberg em 1993, não é tão ruim quanto as últimas três continuações.

Mas ainda é ruim, infelizmente.

A sequência que estreou nesta quinta-feira (3) até consegue dar uma leve melhorada na tradição dos péssimos "Worlds" ao escalar a sempre carismática Scarlett Johansson ("Viúva Negra") em uma história mais simples, com ecos da origem da série cinematográfica.

Tamanha reverência em relação ao primeiro filme, no entanto, não permite a "Recomeço" a busca por uma identidade própria. O resultado é um roteiro sem alma, repleto de momentos engessados e sem explicação.

Ao final, a tentativa de ressurreição referida no subtítulo soa quase como uma ameaça. Melhor seria deixar os dinos curtirem a extinção.

 História reciclada em cenário familiar
Continuação direta da trilogia anterior, "Recomeço" tem um mundo dividido por humanos e pelos répteis gigantes ressuscitados pela clonagem do primeiro filme.

Nele, uma mercenária (Johansson) de bom coração é contratada para liderar uma expedição a uma das ilhas onde tudo começou. O objetivo é extrair DNA de três das maiores espécies no local para alguma gigante farmacêutica (nefasta).

No caminho, ela deve ajudar um pai (Manuel Garcia-Rulfo) e suas filhas (Luna Blaise e Audrina Miranda), que por algum motivo acharam uma boa ideia velejar em um mar habitado por criaturas pré-históricas.

 Carisma não compensa roteiro genérico

A tentativa de revitalização da franquia com a escalação de Johansson como a nova protagonista funciona até certo ponto.

Mas nem o carisma natural da americana e a química com o sempre ótimo Mahershala Ali (ganhador de Oscar por "Moonlight" e "Green Book") superam diálogos que parecem escritos pelo ChatGPT e situações esquemáticas.

Fica difícil não rir da sequência em que personagens encontram seguidas lanternas (ou sinalizadores) convenientemente posicionadas em laboratórios desabrigados há anos.

Há quem diga que "Recomeço" foi escrito e realizado às pressas para preencher uma lacuna na programação de verão do estúdio. Pode não ser verdade, mas o resultado condiz com os boatos.

 Até o dino-vilão-da-vez, uma espécie mutante criada em laboratório, parece meio inacabado. Mais monstro que criatura, o tal D-Rex encaixaria melhor no laboratório de clones defeituosos de "Alien - A Ressurreição" (1997).

Para finalizar a lista de (principais) crimes, o novo "Jurassic World" faz um dos piores usos da clássica trilha sonora composta por John Williams – o que deveria ser inafiançável.

"Recomeço" não é tão ruim quanto os três filmes anteriores. Uma pena que isso não queira dizer muito. Por favor, deixem os dinossauros (e o primeiro "Jurassic Park") em paz.

 

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