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ESPORTE Quinta-feira, 01 de Julho de 2021, 14:05 - A | A

Quinta-feira, 01 de Julho de 2021, 14h:05 - A | A

SOBRE ASSÉDIO

Caboclo acusa Del Nero de pedir R$ 12 milhões em troca do silêncio de funcionária

Presidente afastado da CBF anexa bilhete em sua defesa no processo que corre na Comissão de Ética

Globo Esporte

O presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, acusou Marco Polo Del Nero, seu antecessor e ex-padrinho político, de ter feito uma proposta de acordo no valor de R$ 12 milhões para evitar que uma funcionária da CBF apresentasse uma denúncia de assédio sexual e moral contra Caboclo.

A denúncia, revelada pelo ge, foi apresentada na Comissão de Ética da CBF no dia 4 de junho. Dois dias depois, Caboclo foi afastado da presidência da CBF por 30 dias, prazo que está prestes a vencer. Del Nero foi procurado pela reportagem, mas ainda não se pronunciou.

A defesa da funcionária sustenta que ela nunca fez nenhum pedido de dinheiro; que houve uma oferta por parte de Rogério Caboclo, que ela recusou.

A acusação contra Del Nero foi feita numa nota distribuída por Caboclo à imprensa nesta quinta-feira. Como "prova", o presidente afastado da CBF anexou a cópia de um bilhete escrito à mão, supostamente por Del Nero, com os cálculos que resultaram no valor de R$ 12 milhões.

A íntegra da nota de Rogério Caboclo:
O presidente da CBF, Rogério Caboclo, vai adicionar aos documentos de sua defesa mais uma prova contundente de que Marco Polo Del Nero, ex-presidente da confederação banido do futebol, foi quem trouxe a proposta de R$ 12 milhões para evitar que uma funcionária.

protocolasse uma acusação no Conselho de Ética da entidade e a tornasse pública. Trata-se de uma anotação feita à mão por Del Nero apontando o valor de R$ 12,409 milhões, quantia que deveria ser paga pela CBF como uma indenização à funcionária em troca da não apresentação da acusação. Logo à frente do número 12.409 foi escrito: “corresp [correspondente] 20 anos de salário, transferindo ao valor presente a uma taxa [de correção] de 2,75 [%] anual”.

A negociação proposta por Del Nero e por seus aliados exigia inicialmente R$ 12 milhões, correspondentes ao pagamento dos vencimentos mensais até a ocasião da aposentadoria da funcionária, mediante sua imediata demissão para que essa acusação não fosse apresentada à Comissão de Ética e tornada pública.

Este documento é a prova cabal de que as acusações contra Rogério Caboclo fazem parte de um golpe orquestrado por Marco Polo Del Nero para plantar aliados no comando da CBF e, assim, voltar a dar as cartas na entidade. Neste momento, os comandados por Del Nero que ainda pertencem aos quadros da CBF preparam mudanças ilegais no estatuto da entidade para tentar impedir Rogério Caboclo de voltar ao cargo.

Em reunião marcada para sexta-feira (2/7/2021), eles ainda pretendem incluir no estatuto uma regra que permita a ampliação do prazo do afastamento do presidente da CBF para, assim, atender seus interesses particulares e momentâneos. Trata-se de um passado que não queremos de volta, marcado por múltiplos escândalos de corrupção e vários processos criminais.

As mudanças estatutárias que estão sendo orquestradas pelos meus adversários são ilegais, conforme parecer do jurista Fábio Ulhoa Coelho, professor titular de direito da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo. Rogério Caboclo não cometeu crime de assédio de acordo com o entendimento de alguns dos maiores juristas do país. Apresentam pareceres nesse sentido a acadêmica Helena Regina Lobo da Costa, professora da Faculdade de Direito do Largo de S. Francisco – USP; Luís Greco, professor Catedrático da Universidade de Berlim; Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, um dos mais renomados advogados criminais do país; Juarez Tavares, ex-procurador da República e professor catedrático da UERJ; e Pierpaolo Cruz Bottini, um dos mais respeitados advogados criminais do país e professor da Faculdade de Direito do Largo de S. Francisco – USP.

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