O Atlético-MG vem reformulando o departamento futebol e a gestão da SAF para 2026. Uma das principais mudanças foi no cargo de CEO. Pedro Daniel chegou para substituir Bruno Muzzi, tendo colaborado antes em clubes como Flamengo e Palmeiras.
Pedro participou da reestruturação financeira do Flamengo, iniciada em 2013. Na chegada ao Atlético, muitos perguntaram se o novo CEO fará em Minas algo semelhante ao que realizou no Rio de Janeiro. Ele ponderou algumas diferenças nos trabalhos.
- Quando eu cheguei aqui, falaram que está vindo o cara para fazer o que fez no Flamengo. A grande verdade é o seguinte, o momento de mercado era outro. O contexto era outro. O Galo é diferente do Flamengo. Naquele momento, não existiam alternativas de capital. Você não tinha a lei da SAF. A gente não tinha o ambiente que a gente tem hoje. Talvez se eu fosse contratado para ir para o Flamengo hoje certamente o remédio seria diferente do que foi feito lá a partir de 2013.
O novo CEO do Atlético falou ainda que foram anos de trabalho e cortes de gastos para o Flamengo chegar ao topo.
- Foi feita uma reestruturação no sentido orgânico, sem aporte de fora, sem dinheiro de fora. Foi corte de gastos muito forte no primeiro momento, fechar as torneiras para que em um médio prazo ele pudesse com as receitas voltar a ser competitivo. Foi um projeto que começou em 2013, que teve alta performance ou títulos em 2019.
O Flamengo passou por cortes de gastos, passando anos sem grandes conquistas, para no fim vir a recompensa do trabalho. No Atlético, Pedro afirmou que não haverá cortes como foi feito no time carioca. Segundo o CEO, a meta é manter um time competitivo.
- O momento de mercado é outro. Quando a gente pensa em uma reestruturação orgânica, a gente perderia muita competitividade. Hoje, o volume financeiro do futebol é diferente do que era há dez anos. A gente não tem essa margem de erro. E nem é o que a gente quer, perder muito a competitividade, porque a gente começa a correr outros riscos.
"A nossa visão aqui no Galo é obviamente a busca pela eficiência, mas não um corte drástico como ocorreu no Flamengo."
Trabalho no Palmeiras
Pedro Daniel relembrou o que fez em outro clube, o Palmeiras. O CEO atleticano disse que o Palmeiras, através da reformulação da base e venda de atletas, chegou no patamar que está.
- Eu liderei o planejamento estratégico do Palmeiras. Foi completamente diferente. A gente vê hoje o nível de competitividade que ele tem, o volume financeiro é muito mais por conta da reestruturação da base e integração do futebol. Ele tem um volume de transferência de atleta, de venda de atleta que permite com que ele consiga competir com Flamengo hoje.
Pedro afirmou que espera fazer um trabalho parecido no Atlético. O dirigente deseja que haja um departamento de futebol integrado, gerando frutos para o futuro do clube, mas sem afetar o presente.
- Não são só as receitas recorrentes, ele tá fazendo um volume muito grande de venda de atleta. Eu acho que é mais próximo do que a gente vislumbra aqui no Atlético do que o que ocorreu lá no Flamengo lá atrás.
- Tem que ser realmente o departamento de futebol integrado, base, entender onde quer chegar, para que, aí sim, de fato, ter essa visão estratégica, porque de receita recorrente por si só. A gente ainda não tem um volume para poder competir lá na frente. É um processo, um trabalho. Eu vejo mais similaridade com o que a gente desenhou lá no Palmeiras do que no Flamengo.
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