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ESPORTE Terça-feira, 14 de Novembro de 2017, 09:44 - A | A

Terça-feira, 14 de Novembro de 2017, 09h:44 - A | A

ANO RUIM

Futebol pernambucano vive o pior ano de sua história

Redação, do Estadão Conteúdo

Foto: Reprodução

Futebol Pernambucano

Futebol pernambucano

O ano de 2017 é para ser esquecido no futebol pernambucano. Faltando três rodadas para o término das Séries A e B, dois dos três principais times do Recife caíram de divisão. Santa Cruz e Náutico disputarão a Série C em 2018. E o Sport, que está na Série A, tem 90% de chance de cair para a Série B, o que terminará de sacramentar um ano difícil para o futebol do estado.

Divergências políticas, problemas financeiros como atrasos de salários e troca constante de técnicos e elenco são algumas das razões que explicam o fracasso dentro de campo.

 

No Náutico, assim como nas temporadas anteriores, a questão financeira foi um dos fatores que mais pesou. O clube começou o ano com uma folha de R$ 1,2 milhão, mas não conseguiu manter, o que levou a greves de atletas. Alguns chegaram a pedir dispensa.

 

No Santa Cruz, a situação chegou a ser bem pior, com quatro meses de salários atrasados. A dificuldade financeira se evidenciou também nas fracas contratações. A falta de resultados positivos se refletiu na queda da renda com poucos torcedores nos estádios.

 

Questões políticas também influenciaram muito na falta de unidade. No Náutico, a situação foi bem pior, com o clube chegando a ter três diretorias e presidentes diferentes, o que terminou por mostrar as divergências políticas. No Santa, atletas acusaram o presidente Alírio Moraes de ter abandonado o clube.

 

O Náutico teve cinco técnicos, três somente na disputa da Série B. O Santa trouxe outros três, que não evitarem a queda à terceira divisão. Nem o conhecido "rei do acesso", Givanildo Oliveira fez a equipe coral ressuscitar. Ao longo do ano, Santa e Náutico experimentaram três times titulares diferentes. Em 34 rodadas, o Náutico - que contratou 38 atletas - só repetiu o time duas vezes. No Tricolor, faltou qualidade nas 37 contratações.

 

No Sport, o principal fator foi a acomodação do elenco e a falta de um líder nas quatro linhas e fora para chacoalhar os jogadores. Apesar de deter nomes com grande qualidade técnica e alto investimento como Diego Souza e André, o time viveu altos e baixo no rendimento. Nem a chegada de Wanderley Luxemburgo foi capaz de mudar a tabela de classificação. Os dirigentes dos três clubes não foram localizados para comentar a situação.

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